As acções de Aníbal Cavaco Silva sempre foram de tal maneira transparentes, que não se entende muito bem o rebuliço efervescente que alguns tentam incutir nas mesmas! Aparentemente, só a cegueira política provocada pela doçura do perfume eleitoral poderá explicar o porquê destes números "circenses" irem fazendo "estória" na espuma dos frios dias chuvosos deste ano da graça de 2011 (sic)! Mas enfim: pelos vistos uma grande parte dos portugueses parece comprar títulos representativos de empresas com o intuito de com eles vir a perder grande parte do seu valor! São opções e como tal (embora erradas) há que respeitá-las. E porque não foram, de certeza absoluta, estes "peanuts" ganhos pelo Senhor Professor que deram cabo desta "coisa" de duvidosa índole chamada Portugal, melhor seria reavivar na praça pública outras suas acções, essas sim contribuintes generosas para o lodaçal a que tudo isto chegou e que melhor definiriam a maneira de ser (política e humana) do actual e futuro (?) inquilino do Palácio de Belém. Politicamente, depois de duas maiorias absolutas, não foi Cavaco Silva que deixou o País completamente desequilibrado em resultado das medidas estruturais tomadas a partir de 1986 (quando os muitos milhões de euros dos fundos de coesão foram desbaratados na maior das ingenuidades, candura e inconsciência)? E não foi Cavaco Silva (numa demonstração da sua insensibilidade humana) que a propósito da sustentabilidade da Segurança Social (referindo-se aos funcionários públicos) disse: "Como é que nos vemos livres deles? Reformá-los não resolve o problema, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e portanto diminui também a receita do IRS. Só resta esperar que acabem por morrer."! Enfim: sem vislumbre de um qualquer rasgo inovador, apetece trazer à liça aquele preceito espanhol que diz haver "uns tipos tão pequenos, tão pequenos, que não lhes cabe a menor dúvida" (sic)!