Santana Lopes afirmou que tem saudade de Francisco Sá Carneiro! Diz ele que "as pessoas sentem de uma maneira impressionante saudades de Sá Carneiro (mesmo aqueles que não o conheceram)"! O meu vizinho, o do terceiro direito, também afirmou que tem saudades do sogro... e da sogra que nunca conheceu (imagine-se) e até mesmo o Senhor Armindo, do quiosque" do rés-do-chão, de aparência fria, austera e distante, ainda chora baba e ranho (principalmente ranho!) quando lhe vem à espuma da lembrança o insubstituível "pastor alemão" que lhe levou ao altar, numa coleira a imitar a "Louis Vuitton", as reboludas alianças do seu primeiro casamento com a Adosinda Costureira! Eu... bem, eu não tenho saudades de nada (a não ser daquela portátil "caixa" da gasolineira de S.Bernardo que ainda hoje me faz inflacionar, de quando em vez, os meus cada vez mais deficitários níveis de testosterona)... dizia, cheio de certezas, o filho mais velho do frio, austero e distante Senhor Armindo (sic)! Mas pronto: bem vista a "comédia" não vale a pena "chorar" sobre o leite derramado nos "bicos" do fogareiro da vida e assim quase apetece perguntar como é possível alguém vir dizer que Francisco Sá Carneiro faz falta ao palco político da actualidade? E porque não D.João II, D.Manuel I, ou D.Nuno Álvares Pereira? Ou mesmo António de Oliveira Salazar? É por estas (passar metade da vida a olhar para trás) e por outras (passar a outra metade a olhar para uma utopia) que esta "coisa" chamada Portugal não sai do carcomido pé de videira torto em que se tornou. Sá Carneiro nos dias de hoje seria como os dias de hoje nos tempos de Sá Carneiro: desfasados da realidade! Assim, e perante tudo isto, melhor seria que os portugueses continuassem fieis a D.Sebastião e a todo o quadro romântico e fantasioso que envolveu o seu desaparecimento durante a "Batalha dos três Reis", em Ksar-El-Kebir... e deixaram-se de novos e inconsequentes "remakes" a descambarem para o infinito do etéreo celeste (sic)!