Uma percentagem considerável de cidadãos portugueses afirmaram não ir participar no acto eleitoral que elegerá os agora candidatos a umas "férias" douradas, quase excêntricas, nos meandros paradisíacos do parlamento europeu! Se a preocupação, para uns, é a da tão elevada taxa de abstenção, para outros, bem mais preocupante, é a do elevado número daqueles que inexplicavelmente ainda se disponibilizam a participar no acto! Ao invés de se desperdiçarem 4,5 milhões de euros com "coisas" desta natureza (as eleições para o PE) e uma vez que em Portugal, por mais grave que sejam as decisões ou as posturas, já pouco ou ninguém se preocupa com elas, não seria descabido que os Partidos escolhessem por sua alta recriação quem eles muito bem entendessem e os remetessem de imediato para a "oportunidade curricular" de Bruxelas! Por mais debates que façam e por mais provocações e diatribes que aconteçam, é quase injustificável... justificar, em consciência, o que fazem vinte e tal deputados de uma periferia subdesenvolvida do espaço europeu (onde o salário mínimo é de 450 €) para justificar uma "mesada" de 7.665 € e uma enormidade mais de subsídios, como os 17.000 € que cada um pode gastar mensalmente para remunerar os membros de "confiança" do seu gabinete de apoio pessoal! E se os nacionais ainda se mostram e falam que se desunham, os europeus, passado o "êxtase" da eleição, nem uma coisa nem outra, talvez pelo deslumbramento pelo luxo, pelo "chique"... ou pelo choque que o padrão social e económico que se vive por aquelas bandas (em contraste com a pobreza que para trás deixaram) de imediato lhes causa! E já agora:
- Se os referendos europeus não são viáveis devido ao "analfabetismo" (para não dizerem estupidez) do Zé-Povinho, porque carga de água é que fazem tanta questão em ter agora o voto desses mesmos ignorantes?