A propósito da entrevista, do debate, da conversa ou do que lhe queiram chamar, que José Gomes Ferreira teve com o Primeiro-Ministro, ficou-se com a sensação de que António Costa mais não é que uma espécie de Garrett McNamara (com a devida distância), a quem o “Canhão de S.Bento”, por enquanto, tem proporcionado apenas “tubos” perfeitos ao gosto e á dimensão do “surfista” (sic)!
No “day-after” da “coisa”, pouco ou nada mais sobrou do “blá-blá” que a discussão sobre a imparcialidade do director adjunto da SIC em conduzir a entrevista e a sua falta de jeito para surfar ondas que não lhe calhem de feição… ao contrário do jeito imenso do outro em ir por mares nunca de antes navegados, passando por certo muito além de uma qualquer Taprobana, entre perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força de tão frágil geringonça!
Enfim: “estórias” à parte, vale mais cair-se em graça do que ser engraçado e Costa continua, muito por “culpa” dessa crise de boas notícias (crescimento ao dobro do ritmo da zona euro, a quebra dos juros da dívida pública para mínimos históricos, a descida do desemprego e a recomendação da Comissão Europeia para que Portugal abandone o procedimento dos défices excessivos) alicerçada no investimento privado e no turismo, a recolher de uma arvore que ele não plantou as patacas que permitem ir adquirindo a parafina que confere ao surfista o controle e a tracção da “coisa”!
Uma coisa é certa: Costa não parece ser, ainda, o tão desejado D.Sebastião que Portugal anseia desde 1578, pelo facto de até à data não ter mostrado uma ideia, um rumo, sobre o que deseja e pretende para o futuro de Portugal. No entanto, que dure por muitos e bons anos “O Canhão de S.Bento”, porque verdade seja dita, o homem sabe surfar, porra!