"A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio causado por trovoadas secas", disse Almeida Rodrigues.
Mais tarde, Jaime Marta Soares, Presidente da Liga dos Bombeiros, disse à comunicação social que está convencido de que não foi uma trovoada a provocar o incêndio de Pedrógão Grande, mas sim "mão criminosa", assentando esta sua análise não no conhecimento de factos em concreto, mas sim numa convicção! Face à posição hierárquica que Marta Soares ocupa em toda esta “epopeia” dos fogos e ao respeito que as 64 vítimas da tragédia mereciam e merecem, não dá para entender (a não ser á luz de um protagonismo cego pelos holofotes da comunicação social) que se venha para a praça pública incendiar ainda mais uma investigação que se quer séria, célere, independente e recatada, com certezas efectivas de factos dos quais apenas temos provas morais!
Com mais esta acha para a fogueira, depois de a Polícia Judiciária espantar com a rapidez da sua investigação (resultados concretos ao fim de meia dúzia de horas, chegando ao ponto de quase anunciarem as coordenadas geográficas da árvore assassina), do Instituto Português do Mar e da Atmosfera ter deixado tudo em aberto ao adiantar que poderiam ter sido uns tais “cumulonimbus” a dar origem às trovoadas de Pedrógão Grande, mas sem certezas algumas e de outros já falarem em misteriosos fenómenos atmosféricos nunca antes vistos (daqui à ovniologia vai um passo), não admira que o Zé-Povinho, imbuído em toda a sua sabedoria popular, já diga à boca cheia que a culpa vai morrer solteira! A não ser, que o Presidente da República e como forma de serenar todos estes exaltados ânimos, venha dizer que pura e simplesmente… foi a mão de Deus!