Depois de Schäuble ter brindado Centeno com o epíteto irónico, cínico e perverso de “Ronaldo do Eurogrupo”, apetece aproveitar a veia humorística do dito (e com a mesma ironia, cinismo e perversidade) estender a “epitetização” da coisa a mais meia dúzia de figuras que mais não tem feito do que criar e compartilhar com específicas comunidades os seus sucessos “intergaláticos”, conseguidos com o trabalho e o sacrifício da outra metade (esquecendo o pertinente usufruto que deveria beneficiar sempre uma sociedade como um todo – leia-se o bem comum)!
- Mexia, por exemplo, que chupou até ao tutano nos Custos de Manutenção dos Equilíbrios Contratuais, já veio dizer, por mais de uma vez, que “não houve nenhum benefício para a eléctrica nem em 2004, nem em 2007, antes pelo contrário”… logo, Mexia, pelo seu descaramento, só pode ser o “Ronaldo da Eléctrica”, para a “China Three Gorges”, Pinhos e Catrogas.
- Lacerda Machado, que esteve na TAP a renegociar a privatização, no BES a mediar as conversações com os lesados e no BPI como ponte entre o CaixaBank e a Santoro, “foi a melhor escolha que poderíamos ter tido em Portugal nas últimas décadas para vogal no conselho de administração da TAP”. Neste caso, Lacerda, para António Costa, não só deve ser o “Ronaldo dos Ares”, mas também o Messi e o Neymar da aviação (sic)!
- E já que continuamos numa de epítetos, seria bom que os “Kaiser’s da Segurança” (a Autoridade Nacional da Protecção Civil) retirassem da sua lamentável ineficácia na tragédia de Pedrógão Grande, as consequências pelo sucedido. (Por curiosidade, Kaiser teve uma carreira de 20 anos como futebolista, sem nunca ter completado uma partida ou marcado um golo, ludibriando magistralmente todos os clubes por onde passou!).
Enfim: os Portugueses e as Portuguesas, que aturam há décadas todos estes “futebóis”, é que nunca passaram de meros “apanha-bolas” destes e de muitos outros Ronaldos (e Kaiser’s)… infelizmente!