É engraçado, embora sem ponta de graça alguma, que um grupo de indivíduos, entre psicólogos, sociólogos, técnicos sociais, especialistas em lagares de azeite e sábios na nidificação do mocho de orelhas, venham abrir telejornais de horário nobre, despejando “bitaites” atrás de “bitaites” sobre o porquê da violência sobre crianças! Quase sempre são unânimes na fácil teoria do maníaco-depressivo, alcoólico, socialmente desajustado, por norma sujeito a um conjunto infinito de maus-tratos, ameaças, coacções, ou outros actos de intimidação física ou psicológica, que começaram a ser exercidos logo que o óvulo fecundado se fixou no útero da sua progenitora… e se prolongaram depois nos meses de maternidade, no nascimento, na creche social da “paróquia”, na escola primária da “freguesia”, na secundária do “agrupamento” e por aí adiante – para já não falar em mais uma “carroçada” de situações que despenalizam o “manjerico” em tudo o que venha a acontecer na etapa adulta da sua vida! E embora sem ponta de graça alguma, é engraçado que a cada dia que passa, se continue a debitar “bitaite” atrás de “bitaite” sobre mais um triste “espectáculo” exercido sobre seres indefesos, sem que nenhum dos tais “deuses do Olimpo” que atingiram os palcos mais elevados da “faladura” nacional (gente importante, por certo) seja capaz de mudar um bocadinho a agulha da desafinada música da grafonola! Por exemplo:
- O “subsidiar” o incentivo à natalidade com chequezinhos e emolumentos (qual linha de produção de t’shirts pagas à peça) a gente para quem a vida, quantas vezes por opção (sim, por opção), é mendigar toda a panóplia de facilidades e facilitismos que os desresponsabiliza da normalidade social vigente, não será contribuir para que os números sobre os maus-tratos a crianças continuem a atingir valores indecentes e vergonhosos para um País que se diz moderno, responsável e de futuro? Se calhar… também é (sic)!