Segunda-feira, 22 de Julho de 2013
MÚSICA NO CORAÇÃO
O Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, queria um rápido acordo de “salvação nacional” entre PSD, CDS e PS que culminaria com eleições antecipadas no final do resgate, em Junho de 2014! Depois de dois anos a cavar, palmo atrás de palmo, a já funda sepultura da nação, alguma coisa fez tocar as campainhas de alarme para que quase todos achassem útil representar uma inopinada espécie da “música no coração” (sic)! O Capitão Von Trapp (Cavaco Silva), tendo finalmente chegado à conclusão que os invasores (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) estavam definitivamente instalados no comando do País, resolveu nomear a noviça Maria (na sua versão masculina, David Justino) para intermediar (?) uns “cofee-bracks” que permitissem aos “diabretes” sociais-democratas, populares e socialistas chegar ao tão propalado e ambicionado consenso e com ele encontrar o dourado caminho da libertação “tuga”. Esperava-se, assim, a todo o momento, que a noviça Maria influenciasse drasticamente o “ácido desoxirribonucleico” desta familota e conseguisse trazer ao lar de Von Trapp o tão necessário bem-estar entre todo o “clã” (sic)! “Trailers” à parte e porque um “remake” é sempre um “remake”, certo é que desta vez nem a noviça se “pirilampou” ao capitão Von Trapp nem a “pequenada” tomou a mais ínfima ponta de juízo (sic)!
Enfim: resta aos portugueses continuarem a acompanhar (cinicamente?) toda esta tralhada de “takes” e “remakes”, sabendo de antemão que tudo se resume não à salvação de uma qualquer querida pátria, mas à aproximação vertiginosa e em catadupa de vários actos eleitorais, onde o interesse de todos os intervenientes, de Von Trapp aos mais novos, acaba sempre por falar mais alto!
- “Let´s look at the trailer”... como diria Lauro Dérmio!
Segunda-feira, 8 de Julho de 2013
NUNCA VI COUVES VIRAREM ROSAS
Os Partidos chamados do arco da governação (e mesmo a própria Presidência da República) fazem lembrar aquelas empresas de família que com o passar das gerações foram perdendo motivação, influência, riqueza… e acumulando descrédito, vergonha, abandono!
A primeira geração, trabalhadora, honesta e credível, arregaçou mangas e deu o melhor de si para fazer vingar um sonho que há muito perseguia. E tornado esse sonho realidade, deixou para a segunda geração o seu exemplo de trabalho, honestidade e credibilidade... descurando esta, logo de início, o tão necessário trabalho! Mas pronto, mesmo assim, a terceira geração ainda veio a usufruir de uma ilusória consolidação da “coisa” e julgando que tudo continuaria a desenrolar-se por obra e graça de uma qualquer adoração umbilical, marimbou-se também para a imprescindível honestidade e credibilidade! A dita aguentou-se, por mais uns tempos, por “culpa” da “boa cepa” dada à terra pelos antepassados, mas a sombra da derrocada passou da ameaça à realidade e em pouco tempo tudo caiu como um castelo de cartas, nada deixando restar do sonho inicial.
Hoje, sem vislumbre de quaisquer Sebastiões na linha do horizonte, trabalhadores, honestos, credíveis e dedicados a uma causa que parece encontrar-se, ela também, em acelerado processo de extinção - a causa pública - resta a uns e a outros, alternadamente, irem hipotecando os ferrugentos portões da propriedade, os poucos granitos aparelhados das delimitações... e tudo o mais que renda uns “cobres” que mitiguem os vícios adquiridos à custa do trabalho dos seus antepassados!
Enfim: como diria um “abrupto” comentador da nossa praça, “nunca vi couves virarem rosas”... por muitas podas que lhe façam, muitos adubos que lhe deitem, ou outros tantos tratamentos que lhe façam (sic)!