A pouco-e-pouco parece entender-se o porquê da crise financeira, da crise económica, da crise política e de muitas outras crises! Bem podem os "doutos" paineleiros da ribalta passar uma infinidade de horas a discutir o porquê da coisa que tarde ou nunca chegarão a um qualquer fim... e isto tão só porque a possível explicação para o imbróglio, de tão virginal, lhes passa completamente à margem! Da mesma forma que "nem todas as ovelhas são para mato", também nem todos os doutores, economistas ou engenheiros terão queda para directores disto e daquilo ou para andarem a cirandar pelos intermináveis corredores do poder! E vem este "blá-blá" aparentemente despropositado a reboque do Senhor Strauss-Kahn, imagine-se, aquele que foi apontado pela desavergonhada "Maria" do "Sofitel" de Nova-Iorque de violador e outros adjacentes "desvios" (sic)... porque acusado, detido, solto e quase ilibado de tal aventura pelo simples facto de confessar que minutos antes da hora em que lhe é imputada a culpa, ter tido sexo consentido com outras três mulheres (três!) que o deixaram "ko"! Posto isto, e resumindo, da mesma forma que o FMI esteve vários anos a ser "enganado" profissionalmente por um economista e advogado com a vocação nata para a área do "hard-core" (a ver pelo número de "estórias"), quem nos garante que aquele senhor que neste momento diz "fiscalizar" a república não está também a ludibriar-nos uma vez que a sua vocação está direccionada, dissimuladamente, para a gestão da mercearia lá do bairro? Ou que aquele outro que se fosse peixe seria cherne não vai aparentando presidir à Comissão Europeia, quando na realidade vai dirigindo, com total dedicação e sabedoria, o salão da paróquia lá da freguesia? Depois fala-se em crises, as vocacionais e as outras, ao mesmo tempo que se inventam as mais mirabolantes teorias para as justificar (sic)!
As negativas a Matemática A, 12.º ano, dispararam no exame nacional da disciplina, com a taxa de reprovação a atingir os 20 por cento na primeira fase, contra os 13 por cento de 2010! Tanta admiração para quê? Porque razão é que estas alminhas deveriam perceber de estatística e probabilidades, números e cálculos, álgebra, funções e geometria? Num País onde a operação matemática fundamental para a sobrevivência é a subtracção, não se entenderia lá muito bem que esta "geração rasca", "à rasca" ou melhor, "roscada" na perfeição nesta sociedade de rosca interna (tipo porca) (!), estivesse a perder tempo com números racionais e reais, com proporcionalidades directas ou inversas, com equações, inequações, circunferências e polígonos... mais as trigonometrias do triângulo rectângulo (sic)! O importante mesmo, em Portugal, é efectivamente a "rapaziada" saber subtrair o máximo possível ao Estado, o Estado saber subtrair até à exaustão a "populaça" e uns e outros, enfim, saberem subtrair até ao tutano tudo o que a União Europeia lhes permita. E sendo assim saber multiplicar, dividir ou somar é indiferente... apesar de as dívidas se continuarem a multiplicar, da divisão dos proveitos significativos se continuar a fazer entre alguns e de a EDP e a Galp, por exemplo, continuarem descaradamente a somar! Há uns tempos perguntaram à Sociedade Portuguesa de Matemática o que estava errado no ensino da "coisa" para esta "malta" ser a pior da Europa e estar entre as piores do mundo. A resposta não deixou dúvidas: A falta de rigor que tem havido e a tendência defendida de que é brincando com os "meninos" que eles se vão "apaixonar" pela matemática! Enfim: a prova está aí... mas pior seria que tivesse existido um resultado falso, como aconteceu em 2007 e 2008, quando a média dos exames da ciência do cálculo foi "artificialmente" dourada para estrangeiro ver!
Os "melros" da Moody's reduziram o rating português (o rating é uma opinião sobre a capacidade e vontade de uma entidade vir a cumprir de forma atempada e na íntegra determinadas responsabilidades) a uma coisa que repugna por estar suja e sem qualquer utilidade... e com perspectivas de revisão futura ainda mais fedente e nojenta, imagine-se. E se assim o fizeram lá deverão ter tido as suas razões, se calhar em tudo idênticas às que levam também muitos portugueses a assim a considerarem. Em qualquer compêndio de economia para "tó-tós" se aprende que não se pode gastar tudo o que se tem, sob pena de se começar a gastar o que se não tem, sendo isto o que está a acontecer, há demasiado tempo, por estas bandas. Portanto, não seria sério nem oportuno que a "passarada" da tal agência, porque finória, sagaz e espertalhona, viesse dizer o contrário do que disse. Sejamos realistas: Portugal, face àquilo que produz, não tem (e dificilmente virá a ter) capacidade para cumprir atempadamente e na íntegra, as suas responsabilidades. Quando muito terá vontade para isso... mas de boas vontades está o inferno cheio e por isso mesmo a Moody's hoje e quiçá a Standar&Poor's amanhã e a Fitch e a DRBS logo depois, que mais poderão fazer senão virem a considerar-nos, também, feios, porcos e maus? Um País que orgulhosamente tem uma economia paralela a roçar os 30%, que destruiu a sua agricultura e as suas pescas e onde aquilo que se diz hoje não é o mesmo que se diz amanhã, entre uma infinidade mais de enormes "anormalidades", muitas delas de consciência e perfeitamente normais no dia-a-dia do mais comum do "tuga", é o quê? Pois! É lixo... até ao momento em que os cortes na despesa e a educação de consciências se comecem a sobrepor, significativamente, ao alambazamento da receita e ao desvario da nossa portugalidade, contrariando com isso, decisivamente, as opiniões negativas do tão badalado rating. Ofendidos porquê?
Foi há três meses (há três meses tão só!) que em pleno dia 1 de Abril Passos Coelho garantia numa escola de Vila Franca de Xira que não iria haver cortes no 13º mês. Está bem que afirmações destas no dia que foi se podem prestar a muitas interpretações, mas não é crível que alguém que ambicionava, na altura, o cargo que hoje ocupa, brincasse com coisas por demais sérias. E depois, bem... o facto de o Ministério da Educação também já não ir encerrar as 654 escolas com menos de 21 alunos que estavam previstas fechar até ao final do presente mês, depois de gastos, pelo anterior Governo, milhares e milhares de euros em estudos e outro tanto em investimentos destinados a colmatar as consequências dessa mesma decisão, apenas vem aflorar a ideia de que o País vai continuar a amealhar por um lado e a esbanjar por outro, nunca atingindo por isso o tão desejado ponto de equilíbrio. A ser assim, a dar o dito pelo não dito e a suspender decisões oportunamente tomadas por aqueles que democraticamente os antecederam (decisões essas no terreno desde 2005 - com o encerramento de todas as escolas do primeiro ciclo com menos de 10 alunos e com uma segunda fase, em 2010, a levar ao encerramento de mais 700 escolas, todas elas também com menos de 21 alunos), porque não mandar às malvas as medidas implementadas pelo PEC 1, 2 e 3 e reavaliar os seus efeitos e consequências sob o manto virginal (ainda) desta nova equipa social-democrata? Num período governativo tão curtinho, os portugueses devem começar a torcer para que o popular ditado "o que nasce torto tarde ou nunca se endireita" não se venha a aplicar ao "reinado" vigente... não só para bem dos agora nascidos para a gestão da "coisa" mas para o dos muitos mais que há uma "eternidade" de anos vão fazendo das tripas coração para irem vivendo (ou sobrevivendo?) sobre a alçada dessa mesma "coisa".