O Primeiro-Ministro de Portugal, desta vez, mascarou-se de Madre Teresa de Calcutá (na sua habitual mensagem Natalícia) e provou (se é que ainda tem alguma coisa a provar) que para ele e para o seu (des)Governo "carnaval" é sempre que um homem e um Governo quiserem! E mascarou-se despudoradamente de "Santa das Sarjetas" para vir dizer ao castigado "zé-povinho", por obrigação da quadra cínica e hipócrita que mais uma vez se viveu, que “Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário, é nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses.”... e daí, talvez, o surgimento do seu puro e inocente gesto de superior "caridadezinha" que veio permitir aos cada vez mais pobres, pobrezinhos, pobretanas e oportunistas de ocasião, entreterem a malvada com os sobejos da "restauração", aos usufrutuários do salário mínimo nacional de se deslumbrarem (arriscando a cegarem, mesmo!) com um aumento de 33 cêntimos diários (trinta e três cêntimos diários) e aos desafortunados do mercado de trabalho um futuro "cor-de-rosa" face ao convite a todos endereçado de virem a ingressar no fantasioso "mundo" das "Novas Oportunidades"! Enfim: foram mais uns minutos de inócuo fluxo palavroso, cheios de eloquência abundante e estéril (como vem sendo hábito), sintomáticos de gente cansada, exaurida, que nada mais tem a dar a Portugal. Pena é que quando chegados a este ponto de completa descredibilização perante tudo e todos, estas superiores "almas", por uma vez que seja, não olhem nos olhos dos seus governados e lhes digam, simplesmente, que dois mais dois não são vinte e dois... mas sim quatro! É que já em 2009 foi este mesmo governante que terminou a sua mensagem natalícia dizendo que 2010 seria o ano da recuperação e afinal... viu-se!
Aníbal Cavaco Silva disse, referindo-se à residência oficial do Presidente dos Estados Unidos da América (a Casa Branca), que "esta é uma “casa” que nenhum português conhece tão bem como ele. “Penso que sou o político português que mais vezes esteve na Casa Branca. Com o Presidente Reagan estive duas vezes, com o Bush (pai) várias vezes, estive lá com o Presidente Clinton e até conheço a residência particular dos presidentes, pois não estive apenas na Sala Oval, estive em todas as salas privadas“. Depois de tornada pública tamanha e transcendente experiência, o "zé-povinho" quer lá saber se foi o "galináceo" do Nobre que correu mais que o do Chico Lopes ou se o Alegre tem mais ou menos "peitaça" de Estadista que o Defensor de “Viana”! Estamos a falar da "Casa Branca”, o nº.1600 da Pennsylvania Avenue NW (in Washington, D.C.)... por isso, tudo o mais que venha a ser desbobinado nos habituais discursos guarnecedores da carne de "bácoro" assado, só poderá ser comparável a uma narração pormenorizada do interior da "Casa do Benfica", na Invicta, ou da "Casa do Dragão", na Capital (sic)! Assim, com a data das eleições a aproximar-se à mesma velocidade que o FMI se aproxima da Nação, está feita a "estória" destas Presidenciais... sublinhando-se, no entanto (e agora sem ironias), que não havia necessidade de o Senhor Professor ter trazido para a espuma dos dias tão íntimas bazófias! É que tal jactância foi ouro sobre azul para as más-línguas que consideram o Palácio de Belém uma espécie de "principado", inútil, recheado de sofisticação e requinte, indicado para superiores "almas" em fim de carreira que não prescindem dos salamaleques e dos tiques de trazer à lembrança Narciso, que rejeitando a doce ninfa se apaixonou pela sua própria imagem reflectida na água! Enfim: pobres daqueles que morrem sem conhecer, sequer... a "Casa da Mariquinhas" (sic)!
Santana Lopes afirmou que tem saudade de Francisco Sá Carneiro! Diz ele que "as pessoas sentem de uma maneira impressionante saudades de Sá Carneiro (mesmo aqueles que não o conheceram)"! O meu vizinho, o do terceiro direito, também afirmou que tem saudades do sogro... e da sogra que nunca conheceu (imagine-se) e até mesmo o Senhor Armindo, do quiosque" do rés-do-chão, de aparência fria, austera e distante, ainda chora baba e ranho (principalmente ranho!) quando lhe vem à espuma da lembrança o insubstituível "pastor alemão" que lhe levou ao altar, numa coleira a imitar a "Louis Vuitton", as reboludas alianças do seu primeiro casamento com a Adosinda Costureira! Eu... bem, eu não tenho saudades de nada (a não ser daquela portátil "caixa" da gasolineira de S.Bernardo que ainda hoje me faz inflacionar, de quando em vez, os meus cada vez mais deficitários níveis de testosterona)... dizia, cheio de certezas, o filho mais velho do frio, austero e distante Senhor Armindo (sic)! Mas pronto: bem vista a "comédia" não vale a pena "chorar" sobre o leite derramado nos "bicos" do fogareiro da vida e assim quase apetece perguntar como é possível alguém vir dizer que Francisco Sá Carneiro faz falta ao palco político da actualidade? E porque não D.João II, D.Manuel I, ou D.Nuno Álvares Pereira? Ou mesmo António de Oliveira Salazar? É por estas (passar metade da vida a olhar para trás) e por outras (passar a outra metade a olhar para uma utopia) que esta "coisa" chamada Portugal não sai do carcomido pé de videira torto em que se tornou. Sá Carneiro nos dias de hoje seria como os dias de hoje nos tempos de Sá Carneiro: desfasados da realidade! Assim, e perante tudo isto, melhor seria que os portugueses continuassem fieis a D.Sebastião e a todo o quadro romântico e fantasioso que envolveu o seu desaparecimento durante a "Batalha dos três Reis", em Ksar-El-Kebir... e deixaram-se de novos e inconsequentes "remakes" a descambarem para o infinito do etéreo celeste (sic)!
O impacto económico da realização em Portugal de mais ou menos duas dezenas de jogos relativos ao Mundial de 2018 estava avaliado em 1.000 milhões de euros! Não se sabe se os "cérebros" que fizeram estas contabilidades foram os mesmos que trabalharam nas previsões financeiras da Expo’98 ou do Europeu de Futebol de 2004 (que diziam ser tais investimentos insignificantes face à megalómana “pipa de massa” que eles iriam gerar), mas pela minúcia posta nos números oportunamente apresentados... foram-no pela certa: 100 milhões de euros em receitas turísticas, 700 milhões de euros pela valorização da imagem de Portugal no exterior e 300 milhões de euros com a criação de empregos (40 mil, imagine-se!), cobrança de impostos e receitas publicitárias! Enfim: tendo em conta os quadros cor-de-rosa pintados face à realização dos eventos passados e as contas furadas em que os mesmos se saldaram, apetece desabafar (sem beliscar o orgulho "tuga") que tivemos uma enorme sorte em a "coisa" ter ido direitinha para a Rússia. Depois de mais uns milhões de euros gastos no processo de candidatura, inevitavelmente "esquiçado" pelos mesmos de sempre, o País limitou-se a assistir, indiferente, aos agradecimentos da "praxe" a tudo e a todos... ressaltando no meio de todo esse requentado choradinho de ocasião a verborreia de mau perdedor do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, quando insinuou que a candidatura russa "foi sempre misteriosa" (envolta, quiçá, em negras brumas oriundas das gélidas tundras siberianas)! Enfim: no final (aparente) de um longo e estéril mandato à frente dos destinos da "bola", Gilberto Madaíl podia, ao menos, ter agradecido ao Presidente da Junta de Freguesia e ao Presidente da Câmara (enquanto representantes de todos nós, "zés-pagantes") a cedência da "camioneta" que mais uma vez transportou toda a sua "maralha" para o deslumbramento de Zurique (sic)! Ficava-lhe bem.