De tão triviais e inconsequentes se tornaram as marchas "solenes" de carácter político-sindical, que as mesmas se assemelham já às "procissões" em honra daquelas "Virgens" de pau milagreiras, patrocinadas pelas respectivas "Comissões Fabriqueiras"! Organizadores e participantes, alheios à conjuntura mundial, indiferentes às políticas europeias e desinteressados da realidade nacional, vão-se entretendo a "pedinchar" meia dúzia de cêntimos para isto e para aquilo, sem se aperceberem que esse ganho que porventura venham a amealhar mal dá para pagar as lancharadas que se consomem durante os arraiais “manifestatórios” de adoração à "divindade"! Caminham, sem darem por isso, para coisa nenhuma: cada um trata de si, pede para si, prejudicando não se sabe nem interessa quem. Esquecem-se que todos dependem de todos e que quando individualizam uma reivindicação sem ter em conta esse mesmo todo, quase sempre caiem no ridículo daquele vendedor da Antárctica que exigia ser subsidiado em virtude do fracassado investimento que fez no negócio dos frigoríficos e ventoinhas (sic)! Depois do último préstito da CGTP, mais preocupada em destroçar o recorde do "Guiness" conquistado pelo bairrismo encarnado da segunda circular (com o maior ajuntamento de acólitos à roda da estátua do "Marquês") do que em resolver, ou ajudar a resolver, os crónicos problemas de uma sociedade que ainda não se convenceu que tem de trabalhar (respeitando não só o trabalho mas também os muitos milhares que dele se vêem privados) faltava a atitude indigna do patronato das transportadoras com a sua tentativa descabida de tentar paralisar o Pais. Mas pronto! Perante a inexistência de iniciativas particularmente inovadoras, que tenham o intuito de todos aglutinar em torno de um objectivo sério, consistente e de esperança... tocam os sinos na torre da igreja. Há descontentes de passo firme pelo chão e o Governo, que o "Menino de Oiro" ilumina... vê indiferente passar a "procissão"!
A ver pelo burburinho causado pela respeitável Senhora Professora Bruna Real (docente não em nenhum país asiático do Médio Oriente, mas sim numa sociedade dita moderna e desenvolvida instalada no sul da Europa), a visão e a compreensão demonstrada por muitos milhares de portugueses sobre determinadas "matérias" é, afinal, muito mais limitada e redutora que aquela que se poderia supor! E porquê? Ou para equilibrar as suas finanças pessoais, ou para realizar um qualquer "fetish" que a acompanhava da infância ou tão só porque lhe apeteceu (e pronto!), a referida "moçoila" decidiu deitar para trás das costas os "têxteis" que a cobriam e expôs, cândida e virginalmente, toda a sublime beleza com que Nosso Senhor Jesus Cristo (abençoado Ele seja) a brindou (sic)! Apenas e só por isto, pasme-se, tal País consumiu mais papel e tinta que toda aquela tinta e papel que se consumiu até à data para falar das maleitas da interioridade causadas em Torre de Dona Chama, por exemplo. Interioridade essa, aliás, que chegou ao ponto de castrar toda aquela fauna da faculdade de reconhecer que as senhoras professoras (e se calhar as senhoras doutoras, e as senhoras advogadas, e as senhoras deputadas!) também foram abençoadas, umas com mais beleza que outras, com umas diferenças físicas ou conformações especiais que distinguem tais fêmeas do macho, imagine-se só (sic)! Mas pronto: se a atitude da Bruna e toda a discussão que em torno dela se gerou, serviu para tirar meia dúzia de almas do purgatório (que é o viver à conta das aparências) e tenha sensibilizado a outra meia dúzia para a inutilidade que é o tanto tempo que se desperdiça a discutir o que é acessório em detrimento do que é verdadeiramente essencial, façamos figas para que (sem malícias) apareçam muitas mais Brunas, Margaridas, Catarinas e Paulas... que com mais ou menos traseiro, dêem para trás a todas estas mentes pudicas e doentes que por aí andam a infectar o espírito, o intelecto e o pensamento dos nossos pobres educandos (sic).
É incompreensível que o Governo de um dos Países mais ricos do mundo (a ver pelo feliz e próspero discurso e pela constante ostentação de uma sublime grandeza), tenha enveredado pela duríssima bitola usada pelo ateniense Drácon! Assim, a explicação para as decisões recentemente aprovadas em Conselho de Ministros tendo em vista um impiedoso, cruel, bárbaro, severo e desumano aperto de cinto à tão desprezada "tralhada" do costume, só poderá passar por mais um sazonal capricho fantasista e obstinado de um inconstante primeiro-ministro (reforçado agora pelo efeito muleta a que um esvaziado líder da oposição se vai prestando)... quando confrontadas com a facilidade extrema com que o primeiro "artolas" (com a anuência do segundo) decidiu assinar um contrato de construção para uma linha ferroviária de alta velocidade (TGV) entre duas "aldeolas" alentejanas que distam uma da outra, pasme-se, 165 km! E isto porquê? Sem previsões para ligar Lisboa ao Poceirão e sem saber quando será que os espanhóis ligarão Madrid ao Caia, este contrato tornar-se-ia digno, apenas, de um qualquer “sheik” das Arábias... e mesmo assim padecendo de muitas e gravíssimas perturbações do foro psiquiátrico (sic)! Mas pronto: as "coisas" estão aí, irredutíveis e preocupantemente alheias a quase todo o zé-povinho... muito por graça da sempre bem-vinda ajuda do divino: foi Jesus (no penúltimo domingo), foi o Papa (no final da semana) e serão agora os "santinhos" de todos nós a terem a responsabilidade de, a partir dos píncaros da Estrela, darem continuidade a toda esta massificada comunhão de ilusões que culminará nos gramados da longínqua África do Sul. Enfim: por muito que o Governo tente culpabilizar a "sacanagem" especulativa, apetece, em jeito de homenagem, lembrar as palavras de Saldanha Sanches Osório: "Não podemos deixar de recordar a responsabilidade que este Governo e este PS têm no agravamento da situação".
A discrição com que o Vice-Presidente da bancada Socialista (e membro do Conselho Superior de Segurança Interna) "palmou" os dois gravadores aos jornalistas da "Sábado", só perceptível após o visionamento atento da "fita" que faz prova da "coisa", deve fazer corar de vergonha os muitos "carteiristas" que de uma forma dedicada e empenhada vão tentando firmar o seu "bom" nome no meio (sic)! Por certo, tal filme já deve fazer parte do material didáctico de todos aqueles que cada vez mais vão apostando nesta vertente das "Novas Oportunidades"! Ironia à parte... foi mais um mau exemplo, entre tantos outros, servido ao País pelos mesmos do costume! Tentar branquear o passado da forma como tentou, é uma "mancha" negra na "testa" de tão douto tribuno e um contributo generoso para o acelerar da degradação de toda a classe política, já de si tão corrompida e putrefacta. Este Socialista, que se demitiu do Executivo Açoriano em 2003 (após infundadas "farfalhices" dadas à estampa) já carregava desde 1997 um rosário de dúvidas e interrogações sobre o envolvimento num outro caso de burlas bancárias e off-shores e chegou ao Continente (milagre dos milagres, pasme-se!) pela mão do actual primeiro-ministro... o que torna perfeitamente entendível a reacção assumida perante a "campanha negra" que os "sacanolas" da "Sábado" lhe estavam a tentar lançar. Entre a inconsequente discussão do ser culpado ou do ser inocente, fica, pelas reacções patentes no antes e no depois do agora "irreflectido" acto, o nítido comprometimento do individuo em causa perante as matérias que novamente foram alvo de afloramento e de renovados e superiores interesses. Enfim: com tantos vulcões socialistas a libertarem cada vez mais cinzas para a sociedade, não tardará que Sócrates veja o seu espaço governativo definitivamente encerrado... sem esperança, sequer, numa qualquer nova aberta que lhe permita lançar as bases para um novo voo.
PS: No finado dia 4 de Maio (depois de 459 "post’s") este Blog fez 5 anos! A todos aqueles que vão tendo a "pachorra" de seguir o "coiso"... o reconhecimento do autor.
Todos aqueles que ao longo dos últimos 36 anos da história dedicaram um pouco do seu tempo à contemplação da vida política, económica e financeira do País, por certo que hoje não se surpreendem com os cenários que o "profeta da desgraça" Nouriel Roubini (o tal que previu a actual crise global), que o ex-economista chefe do FMI, Simon Johnson ou mais recentemente Evans-Pritchard (editor de economia do "Telegraph") "pintam" para o futuro de Portugal e dos portugueses (Medina Carreira, que tão ostracizado tem sido por estas bandas, ao pé destas "almas" não passa de um "cândido" e "virginal" optimista, imagine-se!). E enquanto toda esta cambada de "ignorantes" vai produzindo uma sucessão de dislates, o "nosso" Ministro das Finanças desmente-os, lembrando ao mundo que esta corja de "analfabetos", ao invés de "fazerem uma leitura enviesada dos dados macroeconómicos de Portugal", deveriam, isso sim, era avaliar as medidas e as projecções preconizadas pelo superior Governo da Nação... que mais não são, afinal, que uma "catrozada" de "peanuts" que contribuirão para acelerar a extinção da classe pagante de toda a faustosa, gigantesca e inútil "assembleia de procuradores da nobreza, do clero, das cidades e vilas" (sic)! Perante toda esta concreta realidade o douto Ministro parece cinicamente esquecer-se que não é por dizer que o morto está vivo, que o mesmo vai começar a andar! Afinal, as leituras oblíquas que os tais "imbecis" tem andado a fazer, são sustentadas nos dados que o País lhes fornece: o gastar 110 € por cada 100 € criados, uma dívida externa que já excede toda a riqueza produzida num ano (133% no final da legislatura) e a realidade triste de, face ao crescimento previsto de 0,6% (!), apenas "meia dúzia" dos actuais 563 mil desempregados poder ter esperança num posto de trabalho! Enfim: Não fosse a "mansidão" genética herdada das nossas tias... e não haveria coração que aguentasse todo este desnorte "circense" nacional (sic)!