Cada País Europeu é um carro de Fórmula Um! Portugal segue na cauda da corrida, com várias voltas de atraso, a perder segundo atrás de segundo e com constantes problemas na caixa de velocidades. De repente e porque todos os outros encostaram às “boxes” para inevitáveis ajustamentos técnicos... Portugal continua na cauda da corrida, a perder segundo atrás de segundo, conseguindo no final da prova ganhar uma "pista" das muitas que tem de atraso em relação àqueles que estão parados (sic)! Se esta realidade da “Corrida” enche de felicidade o responsável pela equipa de pilotos, mecânicos e outros colaboradores, é bom que se habitue, também, para além da cada vez menos entrada de receitas publicitárias (já de si escassas), ao consequente e continuado descrédito da “Escuderia” em futuras “provas". Por outras palavras é altura de entregar o "negócio" a quem tenha mão para a coisa. Assim, transpondo o “Circo” da Fórmula Um para o “Circo” da política nacional e conhecendo-se a postura do actual primeiro-ministro que se mostra deveras satisfeito, quase eufórico, pelo crescimento (?) de Portugal na actual conjuntura económica europeia (e mundial), o futuro dos Portugueses está traçado: embora ganhando (?) uma volta, continuam inevitavelmente a anos-luz de todo um pelotão que mesmo sem crescer mantém um nível de vida bem mais superior... mesmo que os seus mecânicos de serviço se continuem a atrasar meia dúzia de horas a substituir os dois pares de pneus (sic). É altura, portanto, de José Sócrates começar a pensar também em mudar de vida ou, na melhor das hipóteses e afastando o “bota-abaixismo” do costume, mudar de políticas.
Isto... antes que os outros voltem novamente a fazer "vrrum-vrrum" e façam um arranque à Shumacker (sic)!
Quando já nem as inocentes crianças acreditam em "estórias" do Pai Natal, é de realçar o esforço de meia dúzia de visionários em fazer acreditar aos já "mui" calejados adultos que os problemas do País se resolvem com a construção da “alta velocidade” ou com “modernaços” aeroportos. Mas se estes ainda fazem a tal "forcinha" para minimamente nos venderam os seus horizontes com uma determinada dose de racionalidade, através dos "patuás" mais ou menos romanceados sobre o desenvolvimento da Nação (à que reconhecer), outros existem que nos tentam fazer passar, mesmo, por cândidas, ingénuas e virginais crianças ao atirarem-nos para cima com as mais infantis justificações na tentativa de com isso branquearem as suas mil e uma duvidosas urdiduras, onde convivem com toda a naturalidade as cunhas, as influências, os pagamentos e uma "porrada" mais de graciosas e naturalíssimas atenções (entre robalos congelados... e outros percídeos). E se aos primeiros ainda se releva a sua exposição pública continuada, com tudo o que de bom e de mau daí advém, aos segundos já não: porquê procurar desalmadamente os melhores palcos da ribalta sempre que confrontados com acusações de actos menos dignos cometidos no desempenho das suas funções? Armando Vara, por exemplo, caso venha a ser considerado culpado ou inocente pela Justiça do seu País, foi infeliz ao aparecer no canal público de televisão a contar inconsequentes "estórias" do Pai Natal"! Está bem que a quadra a isso apela e propicia... mas melhor seria ter-se remetido a uma outra vertente da ocasião, bem mais sábia e elevada, que a todos aconselha bom senso, meditação e recolhimento. Mas pronto: na dúvida, vamos acreditar na "estória" do "nosso" primeiro-ministro (pai-natal?), quando ele nos conta que tudo isto mais não é que pura "inveja social"... se calhar incentivada pela renas e pelo mecânico do trenó (sic)!
A sucessão de “coisas” menos boas que num constante se abatem sobre Portugal e os portugueses, poderá atingir o seu clímax quando uma espécie de "furacão" arrasar o pouco de positivo que a muito custo ainda vai tentando sobreviver. Entre a verdade e a mentira que pulula no meio de "estórias" de duvidosas arquitecturas, validações de competências em dias santos de guarda, aterros fedentes em "covas" onde o "mafarrico" deixou as botas, "portos-livres" tentadores de oportunas ancoragens e o que mais à liça se estará para apresentar, vão-se conhecendo ocultas faces de outras tantas faces públicas que apesar de nunca terem enganado o zé-povinho o surpreendem, ainda, pelas magistrais maquinações diabólicas e perniciosas que num crescendo refinado vão engendrando na maior das impunidades (sic)! Assim, com uma Justiça useira e vezeira em discriminar sectores e classes sociais, é natural que se comecem a sentir os traiçoeiros e fortes ventos originados pela sua inevitável onda de choque: o último relatório da Procuradoria-geral da República veio provar (como se ainda fossem preciso mais provas) que o aumento da insegurança e da criminalidade são realidades por demais reais e não estranhas sensações de meia dúzia de azarados e pessimistas que por uma qualquer e inexplicável razão do destino foram alvo dos "amigos do alheio"! Junte-se a tudo isto as nuvens carregadas que pairam sobre a taxa de desemprego, os relâmpagos estrondosos que caiem a todo o momento sobre a quase extinta classe média e as enormes bátegas de água que sem apelo nem agravo a todos vão respingando e temos os condimentos perfeitos para a "coisa" rebentar com um grau muito perto do máximo de uma qualquer escala do descontentamento da "populaça": uma espécie de "Katrina" social de dimensões imprevisíveis.
E depois?
Tendo em consideração que 90% dos Portugueses (segundo sondagem recente) não conhece as principais alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa e constatando, também, que os principais intervenientes e directos beneficiários da "coisa" não olham muito para tal concreta realidade, urge perguntar aos políticos se querem efectivamente uma Europa para todos os cidadãos ou se querem apenas os cidadãos europeus para justificar uma sua dourada Europa! Infelizmente, tudo indica que é esta última "impressão" que parece vingar... a ver pelos faustosos "arraiais" intimistas de música e foguetório recentemente realizados por entre as sete colinas e pelas gritantes dificuldades económicas e sociais sentidas pela grande maioria dos 499,8 milhões de residentes do "velho continente"! Só mentes padecendo de uma avassaladora e preocupante doença é que podem celebrar da forma como celebraram, o agravamento inevitável e doloroso dessa mesma patologia, deitando para trás das costas o esboroar constante da sua importância política no mundo e fundamentalmente a qualidade de vida dos seus cidadãos.
E depois, azar dos azares, foi a "coisa" não ser só do "nosso" talentoso e estratego primeiro-ministro: "Se fosse só meu, só de Portugal, este Tratado talvez fosse mais ambicioso." disse! Até que ponto chegaria a sua ambição, não se sabe bem, mas a ver pela cobiça que dedicou, durante quatro anos consecutivos e num Governo exclusivamente seu, à educação, à justiça, à saúde ou à segurança, empolgando de permeio o "zé-povinho" com promessas (só promessas) de riqueza e muita glória, graças ao seu espírito nato de exacerbada sabedoria e liderança... imagine-se então o que seria desta comunidade a 27 (sic)! Mas pronto:
- Foi porreiro, pá!