A Bíblia, enquanto livro "indigesto" para uns, monótono para outros e "decorativo" para muitos mais, compilador de dezenas de "crónicas" escritas não se sabe bem quando nem por quem (consta que foi elaborado ao longo de 1.600 anos pela "pena" de 40 indistintos marmanjos), está, na realidade, um tanto ou quanto desfasado dos ditames ditos civilizacionais que se vivem hoje, um pouco, em todas as sociedades do globo, talvez por culpa das suas mil e uma interpretações... ou, talvez, por a Igreja considerar a sua "versão" como a única basilar por todos a seguir, ordeiramente e em fila "pirilau" (sic). E se o dito livro, visto pelo prisma da actualidade, não passa disso mesmo (um instrumento de constante divagação), considerá-lo "um manual de maus costumes e um catálogo de crueldade do pior da natureza humana" é apenas e só a opinião de um eremita (polémico e fracturante) que sabe usar melhor que ninguém as mais apuradas técnicas de marketing para assinalar o lançamento de uma sua obra literária. Assim, e porque tudo se resume a isto, a uma bem orquestrada campanha publicitária de fazer inveja a muitos Edson's Athayde's, andar "meio mundo" a discutir com o outro meio num País que deveria ter mais com que se preocupar (cansado que está de tantos teólogos de cordel), é um tanto caricato visto que só uma minoria lê Saramago e os restantes o azucrinam, mais por exercício intelectual que por outra qualquer razão! Posto isto, resta a todos consolarem-se (nas "montras" da comunicação social) com o arremessar gratuito de ingénuas e descabidas "opinadelas" de ocasião sobre o que nem lembraria a um qualquer "deus vingativo, rigoroso e má pessoa"... e tudo, pasme-se, após uma sondagem ter indiciado que os portugueses nunca leram a totalidade de tal "calhamaço" (tirando 5% de madraços que, a muito custo, dizem ter atingido o êxtase profundo da "coisa"). Enfim!
Depois da vitória inequívoca do "partido" dos "Gato Fedorento", muito por mérito do "esmiuçado" programa que apresentaram a Portugal e aos portugueses (isento das típicas prosápias balofas e arrogantes vistas em muitas outras "facções" ou "bandos"), não restariam dúvidas que Sua Excelência o Presidente da República deveria indigitar para o cargo de primeiro-ministro da Nação o Secretário-geral de tal "corrente ideológica", superiormente suportada, saliente-se, nos mais refinados pilares da ironia delicada e da disposição do ânimo do Dr. Ricardo Araújo Pereira. Mas não! Fintando tudo e todos o Presidente achou por bem "apontar o dedo" para outro quadrante, bem mais lúgubre, taciturno e "cinzentão" como o Inverno que aos poucos já vai dando sinais da sua desgraçada maneira de ser: ora impregnado numa impressionante e majestática arrogância, ora imbuído numa virginal e sereníssima tranquilidade que com todos, abruptamente, quer comungar. E é nesta depressiva bipolaridade de humores que o País agora vai ficar a saber de que fibra é feita, afinal, o seu anterior e actual "comandante", sabendo de antemão que a sua navegação, numa rede de alta velocidade e sem ninguém de permeio a contrariar-lhe os desejos, as vontades e os caprichos, resultou na perda de um governo de maioria absoluta e no ganho de uma periclitante e penosa "administração"... que a vingar será a poder de dolorosos e acrobáticos "golpes de rins" e de muitas pastilhas para o azedume de estômago!
Mas pronto: indigitou quem indigitou e a "coisa" está arrumada... e se perguntassem aos portugueses (neste momento de crise mundial, de crónico embaraço económico nacional e de cíclico embaraço social-democrata) se poderiam viver sem o seu "menino d'oiro", a resposta, por certo, seria uma só:
- Poder, podíamos... mas não era a mesma coisa (sic)!
Saber se os portugueses deixaram ou não de acreditar nas "marcas" é de somenos importância perante a realidade concreta de terem sido as próprias "marcas" a deixarem de acreditar em si próprias! E porquê? Apesar da crónica crise nacional e da grave, mas passageira (pelo menos assim se espera) crise internacional, as "marcas" portuguesas (nas duas últimas "campanhas publicitárias") investiram um total aproximado de 90 milhões de euros em "brindes" e "papeladas" apenas e só para, cada uma à sua maneira, se convencer que ainda está viva e que tem capacidade para continuar a "lavar mais branco que o branco"... apesar dos muitos "pontos negros" que cada vez mais surgem um pouco por todo o lado da "coisa" e que se vão transformando na principal causa do maior descrédito (aos olhos do zé-povinho) de todas estas defensoras das mais nobres e superiores causas de virginal alvura das regras da conduta e da moral (sic)! Só mesmo quem já não tem fé naquilo que diz e que defende (e vê a vida a andar para atrás) pode, nos dias de hoje, "estoirar" 4 (quatro) salários mínimos nacionais num poluente, inconsequente, destoado e na sua maioria de mau gosto "outdoor" de 24 m2, por exemplo, para dar a conhecer um qualquer "produto" que, nalguns casos, deveria estar no armário secreto da casa de banho dos fundos, enquanto local mais esconso para este tipo de "arrumos" (como diria um antigo Conselheiro de Estado)! Enfim: Se acompanhassem minimamente o dia-a-dia do comum cidadão e direccionassem as "baterias" para os desejos e anseios de todos eles (o que infelizmente não foi, não é e nunca será o caso), imagine-se o que o País não ganharia em brancura, modernidade, qualidade, ética, coerência... e nos muitos quilogramas de dióxido de carbono que as caravanas de vendedores deixariam de lançar para a atmosfera (sic)!
A "novela" a que o País (incrédulo ou indiferente?) vai assistindo, ultrapassou o limite do razoável a partir do momento em que o Excelentíssimo Senhor Presidente da República tentou fazer dos portugueses uma espécie de congénitos "moinantes" um tanto ou quanto desequilibrados da "mioleira"! Surgir às 20h e 50 segundos (hora marcada por Sua Excelência, esta!), com cara de poucos amigos e com um "blá-blá" que ao invés de explicativo e transparente, foi desarticulado, ingénuo, confuso e "mui" turvo... é o que parece fazer crer! Com mais esta inabilidade, o "Presidente de todos os Portugueses" tornou-se num homem acossado pelo descrédito e pelo deficit alarmante de prestígio que aos poucos foi deixando instalar no cargo que ocupa (face aos constantes disse que disse que os temas por ele trazidos à "baila" provocam, mais a fazer lembrar os "coscuvilheiros" diálogos de comadres num estival fim de tarde ao solheiro). E depois, ouvir da boca do primeiro-ministro "que não alimenta quaisquer polémicas que desgastem e desprestigiem as instituições" (referindo-se à tal "coisa"), é como dizer... deixem-no falar, coitado, não batam mais no pobre do "ceguinho" da Calçada da Ajuda! Face a todos estes "desencontros", a não existir uma réplica magistralmente imbuída em consistência e dignidade de Sua Excelência o Presidente da República, alvitrar sobre se o mesmo deveria ou não "engendrar" uma cirúrgica saída do cargo rumo a Boliqueime, não será tema de conversa descabido ou grosseiro (mesmo tendo em atenção o estado de mil e um cacos a que o caco do Estado chegou). Enfim: Cavaco Silva e José Sócrates há já demasiado tempo que parecem dois "putos crescidos" que, tendo um só leitor de mp3, se vão entretendo a fazer birra sobre birra sobre qual a melhor musiquinha a ouvir: se a do "Noddy"... se a do "Fantasminha Brincalhão" (sic)!