A exemplo do que se houve aos moderadores de alguns "fóruns" radiofónicos, quase apetece pedir aos nossos políticos que tenham um bocadinho de capacidade de síntese, uma vez que há muitos cidadãos que... já não suportam as excessivas divagações sobre assuntos que já deveriam estar arrumados há muito (sic)! Olhe-se para o tempo que o Governo já perdeu com os professores sem que até ao momento tenha surgido algo de concreto! Veja-se a morosa reforma da Saúde, mais casa mortuária que outra coisa (já com um Ministro cadáver), que ainda não fez sentir na pele dos cidadãos relevantes melhorias? E os "ziguezagues" na Justiça, outro pilar fundamental da credibilidade de um Estado de Direito? Sobre esta "injustiça" são elucidativas as interrogações de Pinto Monteiro sobre a data das alegações finais do Caso Casa Pia: "Dia 24 de quê? 2010, 2011? Eu já deixei de perguntar porque já nem acredito." Posto isto e face ao "inconcreto" dos resultados visíveis... a Dr.ª. Manuela não deixa de ter uma certa razão(!) quando afirma que a democracia devia ser suspensa por 6 meses pelo motivo de ainda existirem "corporações" que não convivem da melhor maneira com as reformas que se tentam realizar num Estado de Direito, porque "Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se"! E a ser assim... de entre "Os Grandes Portugueses", o Dr. António de Oliveira (o maior), apenas perderia meia dúzia de dias para reformar o Sistema Educativo, Judicial e de Saúde e aproveitaria o restante tempo para resolver outros imensos assuntos que se vão arrastando penosamente pela falta de capacidade de síntese dos "manda-chuva" de todos os quadrantes políticos da actualidade ! Sem ironias e "A bem da Nação"... no meio de todo este "carnaval" deve ser mesmo o que Portugal está a pedir (sic)!
Se a razão dos cidadãos fosse proporcional aos pequenos ou aos grandes ajuntamentos que à roda deles conseguem aglutinar, a sociedade estaria reduzida a meia dúzia de ignóbeis ideais comungados por um quarteirão de incongruentes incontinentes. Mas, como grande parte dos ditos ainda vai beneficiando de uma saudável faculdade de raciocínio, o número residual daqueles para quem o tamanho da "coisa" interessa acaba por tornar-se marginal, para não dizer desprezível. Vem isto a propósito de um núcleo funcional que ao invés de professar ou ensinar, como é sua obrigação, sobre os vários pontos de vista de uma qualquer razão, opta por perder essa mesma razão tão só porque a defende, unicamente, através da habilidade em a manter equilibrada sobre exacerbados magotes de animados "foliões" (sic)! Ainda não deram conta que os "séquitos" não se medem aos palmos? E mesmo que porventura se medissem e houvesse lugar a uma qualquer hipotética cedência, essa condescendência deveria de imediato cair por terra tão só pelo desplante grosseiro e despolido colocado no já longuíssimo e saturante "livro" de reclamações.
Infelizmente, é com tristeza que se reconhece que existem "classes" que ainda não assimilaram qual é efectivamente a sua missão na sociedade, optando por se envolverem, irremediavelmente, em causas recheadas do mais puro e inócuo vazio de convicções. No entanto, pior que todo este "soneto", só a "emenda" de o Governo poder vir a deixar-se impressionar, senão impressionou já, com a "estuporada" fixação sobre o tamanho da "coisa" e a ser assim não é só a demissão da Ministra que está em causa mas sim a de todo o Executivo de José Sócrates... por assunção do seu “Calcanhar de Aquiles”.
Depois da Primavera do Verão e do Outono... ai está, no seu melhor, a “estação” das discussões estéreis entre o Governo e os Sindicatos sobre os aumentos da Função Pública! Chamar rondas negociais a teatrais reuniões sobre um valor fixado e por norma inalterável (2,9%) é ridículo para os seus intervenientes e frustrante para todos aqueles que há muito se habituaram à inconsequência das mesmas! Isto, porque não existe da parte Sindical, uma disposição para a discussão de propostas justas e equitativas que passariam, por exemplo, pelos aumentos diferenciados entre aqueles que ganham menos e os que ganham mais. Se assim fosse, o Governo manteria o “bolinho” na mesa e os sindicatos, esses arautos da justiça e das causas sociais proporiam a sua divisão conforme as necessidades dos “seus” protegidos. Como não é assim, torna-se vergonhoso, ignóbil, e hipócrita ouvir estas “lapas” falar sobre as desigualdades sociais e sobre o fosso salarial que se aprofunda e alarga na sociedade nacional, em comparação com os restantes países da união europeia.
Manifestações, greves, plenários e outras “jornadas” de luta, para além de empobrecerem ainda mais os que recebem pouco (porque os outros passam ao lado destas “coisas”) apenas contribuem para a débil sobrevivência de uns inúteis Sindicatos desfasados do tempo e da realidade... e esta realidade não é boa para o Governo, porque não tem desafios, não é boa para os cidadãos, porque são iludidos e não é boa para os “incentivadores de massas” que caminham inexoravelmente para a extinção da sua “classe”... sob uma “estação” triste e Invernal (sic).
Num País onde (em segundos) mandam encerrar tabernas pelo simples motivo de as “iscas de fígado” serem servidas sobre um balcão de madeira e (em minutos) se empacotam “pólos” contrafeitos sob o olhar atento de zelosos e intimidatórios “mascarilhas”, foram precisos quase 5 (cinco) anos para o BPN, Banco Português de Negócios, ver reconhecidas as suas ilicitudes... e ser nacionalizado! Com o exemplo de uma “ASAE” tão solícita e diligente para o negócio dos “comes e bebes” e dos “farrapos”, porque é que não seguiu o “Banco de Portugal” idêntica conduta evitando deixar chegar onde chegou o negócio dos “dinheiros” do BPN? Não lhes bastava os elevados níveis indicadores do crédito mal parado? As elevadas transferências de “prejuízos” para “off-shores”? As suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais? Chegar… era capaz de lhes chegar, não existisse a esperança (irremediavelmente gorada pela crise financeira mundial) de que um qualquer milagre económico viesse “purificar” a instituição da qual o seu Ex-Presidente foi, por mera coincidência, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do X Governo constitucional quando era Ministro das Finanças, por mera coincidência, o agora Presidente do BPN e Primeiro-Ministro, por mera coincidência, o actual Presidente da República!
Podem ser só meras coincidências, que o são, é claro… mas com coincidências destas também o “Zé das Iscas” não via ser-lhe fechada, num minuto, a sua tasca, nem o “Manel Cigano” via voar, em segundos, as suas genuínas (?) “Cuticharques” (sic)!