A generalidade da sociedade, mergulhada ainda numa espécie de timidez envergonhada, parece esperar, com ânsia, que alguém despolete temas que mexam na intimidade do "sótão dos seus macaquinhos". Assim, como maná para determinados "espalha-brasas", porque conhecedores dos "símios" instalados, estes “chavões” são lançados para a praça pública como tabus há muito desfeitos noutras sociedades (mas de pedra e cal no nosso atrofiado meio). Vem isto a propósito de uma cidadã que, há dias, perante a pergunta da disparatada "speaker" de serviço assumiu publicamente a vontade sua e do seu marido em "Swingar"! Ou porque estava ligada à treta de uma "maquineta" que dizem da verdade, ou porque a verdade, quiçá inconveniente, lhe duplicou os muitos euros que estavam em jogo, a "mocinha" falou sobre os seus mais naturais desejos... que resultaram em imbecis risinhos (e rios de tinta, muitos, em revistas cor de rosa) em todos aqueles que por certo vivem obcecados por vir a experimentar a "coisa" (sic). E depois... entre as conversas de comadres que colocam nos píncaros a integridade moral da catequista e do marido, gente seríssima e muita respeitada no prédio ("swingers" há mais de 7 ou 8 anos!) e arrasam os desavergonhados do 5º esquerdo que não tem horas decentes para chegar a casa (porque guardas nocturnos), vão passando pela vida muitos que à sua maneira a aproveitam e muitos outros que hipocritamente a julgam aproveitar. Curiosas reacções, estas... as das comadres (sic)!
O Governo devia ser aconselhado a usar o "Papel Pardo" para a elaboração dos seus Orçamentos de Estado... apesar da sua "escrita" irrealista quando comparada com o realismo dos "merceeiros" de outrora!
O circo mediático que se montou à volta da apresentação do dito, acabou, afinal, por defraudar tudo e todos ao descredibilizar o próprio calculo da receita e da despesa, porque excessivamente periclitante, e toda a tecnologia que o primeiro-ministro tem transformado na bandeira do País, pelos consecutivos atrasos verificados na abertura de uma primitivista "Pen" (sic). Antes do Orçamento, isso sim, os "manda-chuva" deviam era decidir e assumir se querem um País sem deficit... e sem população, ou se querem um País com cidadãos no uso pleno dos seus direitos e deveres contribuindo dentro das suas reais possibilidades para a redução do tal "fado". Da forma eleitoralista como se gere esta espécie de coutada, ora social-democrata, ora socialista, é que ninguém vai a lado nenhum: primeiro porque não se sabe, ao fim de tantos anos de democracia, qual é o caminho que querem trilhar e segundo, se efectivamente uns e outros, mesmo hipoteticamente sabendo qual o caminho, tem interesse em o seguir (tão só porque a confusão a balbúrdia e o compadrio são o melhor habitat de sobrevivência para todos aqueles que não possuem outros horizontes profissionais... para além da "estuporada" da política). No entanto, entre algumas medidas positivas, porque nem tudo é mau, evidentemente, há que destacar a redução do IVA nas "Cadeirinhas de Bebé" por se tratar de uma medida incrementadora da taxa de natalidade num País de velhos e para velhos... e no seguimento desta medida tudo indica que para o ano as "chupetas" sejam mesmo gratuitas (sic)! Enfim: cada um faz o que pode... e na ausência de uma oposição digna a mais não é obrigado!
"As poupanças dos Portugueses estão asseguradas, seja ela qual for a evolução da crise financeira mundial"! O Ministro, com estas palavras, faz lembrar aqueles "bazófias" que como forma de afirmação arregaçam as mangas e clamam "Quantos são? Quantos São?"! No caso concreto são "coisas" inconsequentes que se dizem da boca para fora apenas para não se ficar calado, porque se o sistema financeiro nacional está de "pedra e cal" não valia a pena conjecturar sobre fictícias derrocadas. A falar, seria sobre o desnorte real dos anos de governação da equipa de... Filipe Vieira à frente do "Glorioso", se calhar (sic)... essas sim com fissuras, desníveis, derrapagens e incumprimentos impressionantes mas sobre os quais se fazem "orelhas moucas" (à falta de credíveis oposições) catapultando-o assim para perto de uma nova maioria absoluta!
Mas já agora imagine-se um Governo que deve aos seus fornecedores milhões de euros, que deixa aumentar na Educação, na Saúde ou na Justiça, buracos financeiros comparáveis ao buraco negro do universo, porque impossíveis de quantificar, vir repor os pés-de-meia de meia dúzia de pés rapados que os próprios Governantes há muito abandonaram à sorte do seu destino?
Enfim: no meio deste globalizado salve-se quem puder vai valendo a imunização do País, a estes e outros contratempos, que recua já às "calendas gregas" quando o Dr. António (que Deus o lá tenha em descanso) nos livrou dos horrores da Guerra ao dizer "ámen" aos amigos, inimigos, interesseiros, trapaceiros e hipócritas... enquanto o Zé-Povinho, despreocupadamente no seu cantinho, se entretia com um tinto "carrascão" e devotas orações à Nossa Senhora de Fátima! Ontem, como hoje, continuamos na mesma. Graças a Deus... e ao Dr. Oliveira (?)!
Portugal há muito que se encontra mergulhado numa crise de "subprime" democrático pelo facto de os portugueses terem "emprestado" aos políticos "quantias" exorbitantes de confiança sem que estes, até à data, se tenham incomodado em liquidar tal dívida. Antes pelo contrário: vem com um descaramento fora do comum exibindo fictícias provas de capacidade de "pagamento" e conseguindo, com isso, às vezes extraordinariamente, renegociar "créditos" atrás de "créditos" que lhes permite ir sobrevivendo principescamente num meio muito acima das suas possibilidades profissionais e intelectuais e atirando para a inevitável falência a sua rede de "credores".
A exemplo de outras entidades, as bancárias, imagine-se estas entidades, as dos cidadãos, entrarem mesmo em processo de falência não emitindo um voto que fosse em nome de nenhum acto eleitoral e deixando no desemprego a totalidade dos "produtos tóxicos" do nosso mundo da política?
Sem "injecções" de mais crédito, por uma questão de postura e dignidade e com uma capacidade de sobrevivência a anos-luz da tal "fauna" política, tornar-se-ia inevitável surgir um novo mapa de gestão nacional e um novo "álbum fotográfico" que substituísse as estafadas caras, carinhas e caraças que há muito tem sido a nossa principal causa de azias e úlceras estomacais (sic)! E se dúvidas ainda houvesse sobre esta necessária tomada de posição, o discurso Presidencial do 5 de Outubro ai está, convidando e incentivando à "bomba atómica" de um abstencionismo de 100% nos próximos actos eleitorais... porque Portugal está cansado de comer, de ouvir e de ver mais do mesmo, sem que daí tenha retirado quaisquer significativas "mais-valias".
Palavras? Palavras leva-as o vento, Senhor Presidente!