Colocar epítetos a aspirantes a lugares de liderança partidária e verificar que esses mesmos aspirantes se revêem e quase se orgulham de tais alcunhas, é de certa forma desopilante para a política e para os políticos. Se a Senhora é "Dama de Ferro" e o Senhor "Menino Guerreiro" pois que o sejam, apesar de não constar em nenhuma declaração de interesses que a Senhora Manuela seja Empresária Metalúrgica ou que o Senhor Santana seja Militar (sic). Mas pronto: o importante é saber o que um e o outro querem, agora, para o PSD, porque se o passado em nada abona para a causa da sua eleição o presente em nada incentiva a que um deles venha, maioritariamente, a ser o eleito!
Os discursos carrossel que propagam perderam a capacidade de provocar excitação, tonturas ou mesmo cefaleias, tamanha a habituação da assistência ao maquinal rodopio do mesmo!
Uma vez que a Dr.ª. Manuela Ferreira Leite e o Dr. Pedro Santana Lopes são dois “cromos” que já constam há bastante tempo de tão prestigiada “caderneta política”, porque não “O Desejado” Passos Coelho integrar também as páginas desse “livrinho” das figuras e figurões da Social-Democracia?
O Senhor Pedro, efectivamente também não é “Rei”… mas nunca se sabe se dali não nascerá um equilibrado e sadio reinado à frente do Partido Laranja e quiçá, daqui a uns tempos, do País do Kiwi e do Dióspiro (sic)!
Influenciado, quiçá, pelo ambiente que o rodeava, José Sócrates acabou por protagonizar a versão lusíada do "talk-show" "Aló Presidente". No momento mais "chávez" da sua última peregrinação ao "santuário" Venezuelano do desconcertante Hugo, o Primeiro-ministro Português foi, ele próprio, também desconcertante!
Desconcertante porque provou que as Leis não são para cumprir por todos! Desconcertante porque, ao ser apanhado a infringir uma Lei que o próprio aprovou, alegou desconhecer a mesma! Desconcertante pela forma como "catequisticamente" se desculpabilizou! Desconcertante, ainda, pelo facto de toda esta "comédia" ter originado uma comunicação à Nação a informar que o Primeiro-Ministro deixou definitivamente de fumar!
Como qualquer outro cidadão que infringe os preceitos emanados da autoridade soberana, o Senhor José de Vilar de Maçada devia tão só pagar a coima correspondente à infracção e deixar-se de conversas, desconcertantes, tão só por uma questão de princípios e da imagem que tanto preza.
Mas pronto: porque politicamente pouco ou nada transpareceu de útil nesta excursão turística de "bons-vivants" à Venezuela, resta-nos o consolo de vermos o "nosso" Primeiro-ministro liberto do vício da maldita nicotina... apesar da "pipa" de "massa" que o dito passeio custou aos depauperados bolsos de todos nós (sic)!
Um Governo que deixa cegar, por questões estupidamente burocráticas, milhares de cidadãos que pelas mais variadas razões não possuem o poder económico para solucionar os imprevistos que a saúde lhe vai pregando, é um Governo hipocritamente invisual tão só porque não quer ver a realidade nua e crua que à sua volta se projecta.
O Ministro da Defesa (Severiano Teixeira) considera o processo de aquisição dos dois submarinos para a Marinha Portuguesa como um assunto de Estado, logo secreto!
Como justificação o facto de o País não dar a conhecer ao mundo a tecnologia que está a ser usada nos mesmos, o tipo de armamento a ser instalado e toda uma outra panóplia de “mariquices” que enche o ego a meia dúzia de “reumáticos expositores de medalhas”! Como se o mundo estivesse interessado em saber como a nação lusa se vai entretendo e alegremente afundando! Mas se o mundo não está interessado, os portugueses estão e independentemente de se estarem marimbando para o número de airbags e para a existência ou não de sensores de chuva e estacionamento... tem o direito de saber quanto custam efectivamente estes dois “caprichos” que directa ou indirectamente vão ter de pagar.
Negar isto é dar azo às mais diversas especulações sobre o negócio e pôr em causa, já agora, a necessidade urgente de iniciar contactos para a aquisição do tão necessário e imprescindível “porta-aviões” (sic).
Mas… o Ministro acaba por ter razão ao afirmar que não tem nada que explicar ao contribuinte esta e muitas outras “estórias”:
- As anedotas, pura e simplesmente não se explicam, contam-se!