Cavaco Silva disse, em plena Sessão Solene das Comemorações do 25 de Abril, estar impressionado com a “ignorância” dos jovens sobre o Dia da Liberdade! Então… e depois Senhor Presidente?
Ontem era porque se devia mudar a forma de celebrar a data tendo em conta o cativar dos mais novos para a história recente do seu País. Hoje (e porque entretanto nada mudou) vem à berlinda a imperícia, outra vez dos mais novos, quando confrontados com um discutível questionário político de três perguntas! E amanhã, o que é que deverá ser mudado?
Para o comum conhecedor destas andanças tão só mudará a cor das “farpelas” que os privilegiados da Nação farão desfilar no cinzentão, pesado e sorumbático “briefing” das 9,30h a ter lugar em S.Bento, porque de resto tudo ficará como dantes!
Manifestar determinadas preocupações em dia e hora marcada mais não é que um acto de pura hipocrisia! Será que os políticos ainda não deram conta que são os jovens (os menos jovens e os mais “entradotes”) a manifestarem-se impressionados a toda a hora e a todo o instante com a “ignorância” deles sobre a realidade que efectivamente se vive neste País?
Ou será também preciso “mandar” elaborar um questionário para tão brilhantes mentes atingirem tal conclusão?
O desapego de Luís Filipe Meneses com o poder e a frontalidade com que justificou a decisão de marcar o novo acto eleitoral no seio do Partido “Laranja” não chegou para branquear o claro deficit de liderança que mostrou possuir. Um saldo negativo que habilmente poderia ter contornado através de um núcleo duro, coeso e credível e não de companhias menos próprias, porque excessivamente expansivas, fotogénicas… e verbalmente descuidadas. Quando precisava de uma equipa que lhe orientasse o “tiro aos pratos”, optou por peritos atiradores no “tiro ao pé” (sic)!
Apesar de tudo, com esta posição firme e aparentemente séria, talvez tenha amealhado créditos para outros “voos”, de menos importância, que venham oportunamente a surgir (após a clássica travessia do deserto).
Cumprida a função da liderança de Meneses e no pressuposto de não vir a existir qualquer infundamentada vaga de fundo (porque nestas ondas o coração sobrepõe-se sempre à razão) venham de lá agora os Borges, os Antónios, os Patinhas, os Passos e outros “quejandos” que tais… que até aqui tem passado demasiado tempo a guiar (em) branco pela cada vez mais desacreditada estrada da Social Democracia nacional.
A rir-se com tudo isto, só o Zé de Vilar de Maçada e os seus mais chegados acólitos!
Onde quer que exista uma "associação" entre dois ou mais seres humanos "vinga" sempre (mais) aquela que tiver o privilégio de possuir uma consciência que, por experiência de vida, académica, ou outra, tem a capacidade e a coragem para apontar, do seu ponto de vista, o que julga estar menos bem: chamam-lhe a "consciência crítica".
Vem isto a propósito do político de profissão (1974-2001) Dr. Jorge Coelho e do convite, aceite, para o cargo de Presidente Executivo da maior Construtora Portuguesa: a "Mota Engil" (2008).
"-Não sou rico, preciso de trabalhar.”
Cada um sabe de si… mas a política é incompatível com os negócios e os negócios são incompatíveis com a política e quando, por qualquer motivo se conciliam, até a mais reconhecida “consciência crítica” do Partido Socialista, como é o caso, se esvaia numa descredibilização de bradar aos céus.
Mas pronto: não é o primeiro nem há-de ser o último a opor resistência a esta “flexisegurança” dourada atribuída de tempos a tempos a alguns “funcionários” da “anfotérica” política nacional (sic)!
Renato Sampaio, um dos muitos desconhecidos (e pelos vistos ainda bem) Deputados da Nação, aproveitou da melhor maneira possível os efémeros cinco minutos de fama que a Assembleia lhe concedeu e de uma forma convicta e esclarecida propôs que fosse proibida a colocação de piercings em locais menos próprios do bem mais sagrado de cada um: o corpo!
Mais palavras para quê?
Ao invés de um piercing, que se pode retirar conforme os estados de espírito do momento, o Senhor Renato infligiu na sua "carne", não se sabendo ao certo se num local próprio, uma "tatuagem" que lhe ficará para o resto da vida como a sua marca registada no pequeníssimo mundo da "arte" de governar Portugal: o "Deputado dos Piercings"!
Pobre Circulo Eleitoral, o do Porto, que assim desbarata votos com estes autênticos cromos “desenhados” da politiquice, que por coincidência, ou talvez não, são da mesma cor do partido que á três anos a esta parte tem andado a “unir com pontos de agulha” a vida de milhares de portugueses!
Com tanta vontade em uniformizar os "fatos" que teimam em cortar à Vossa medida, V.Exªs. não teriam um futuro bem mais risonho, quiçá, trabalhando numa qualquer alfaiataria da... China?