“A crise orçamental está ultrapassada”, disse José Sócrates no passado dia 25 do corrente mês! Então e agora?
Será que finalmente o Governo se vai aperceber que para além das ridículas décimas e das manipuláveis percentagens existe um País que tem cidadãos e que esses cidadãos acumularam problemas, gravíssimos, em consequência das manobras arriscadas que o Governo tomou para efectuar a ultrapassagem da “sua” crise orçamental? Ou vamos continuar a “circular” perigosamente em virtude da crise mundial se preparar para entrar agora em “contramão” na consolidação das “miudecentes” contas nacionais?
Caro Engenheiro Sócrates:
- O Senhor ganhou um “automóvel”, com uma certa idade, que bem ou mal lá ia fazendo a habitual volta dos tristes. Mas, achou por bem, durante três anos, dar-lhe uma “borradela” na pintura e um pouco de “graxa” nos pneus carecas convencendo-se, com isso, que podia ir um pouco mais além! Será que, finalmente, os Portugueses vão ficar a saber qual é esse mais além uma vez que estão fartos da viagem que tem sido de circum-navegação à volta do ralo de uma sarjeta que continua a sugar, inexoravelmente, muitos milhares deles?
Aparentemente ultrapassou (?) a crise orçamental, mas ultrapassou-a pela direita quando o código da sua política o obrigava a ultrapassar pela “esquerda”. Por tal motivo, não estranhe que nas próximas Legislativas o Zé-Povinho lhe venha a aplicar uma contra-ordenação gravíssima (apesar do antecipado “suborno” na redução do IVA) com a consequente cassação da... maioria absoluta (sic)!
A reacção de uma jovem estudante da Escola Secundária Carolina Michaelis, que tanta indignação suscitou na sociedade, é a mesma que tantas vezes a sociedade suscita nesses mesmos jovens!
Porque carga de água é que a professora, ao invés de mandar de imediato a tal moçoila para o real olho da rua, optou por armar toda aquela cinematográfica “peixeirada” nauseabunda? Ao menos podia ter tirado a “gabardina”, sempre ganhava uma certa liberdade de movimentos, mas, quando já se perdeu há muito o que havia a perder (a postura)... também não era isso que ia salvar a honra do “convento”!
Pobre Educadores estes que depois do exemplo “belíssimo” da manifestação brejeira e histérica que há dias proporcionaram à Nação se julgam no direito de dar lições aos seus Educandos sobre situações menos próprias… que eles próprios, consciente ou inconscientemente (já não se sabe bem) provocaram!
Em resumo: uma vez que esta “fita”, mais uma, teve um diálogo vergonhoso e uma movimentação cénica atabalhoada, é aconselhável que para a próxima, caros alunos e professores, tentem fazer qualquer coisa mais ao estilo do Manoel de Oliveira: um bom enquadramento fixo do vídeo do telemóvel e nada de palavreados estéreis (sic)!
- Quem é o Manoel de Oliveira? Sinceramente meus amigos! Vocês são ignorantes ou quê?
Falar-se em lavagem de dinheiros tendo por base quotas mensais de 1 euro, é não ter a noção do custo de uma lavandaria, mesmo que integrada num qualquer sistema de "franchising" (sic)!
Por outro lado, trazerem para o "tanque público" a lavagem da roupa suja que superfluamente produzem é uma má opção de todos aqueles que sonham, tão só porque o sonho comanda a vida, a virem num qualquer futuro próximo a lavar ainda mais branco que o mítico branco do "Omo". Mas pronto!
Mergulhados numa espécie de "Al Caponização" de facções, onde cada “morubixaba” defende com unhas e dentes o seu reduto "baronático", o único Partido credível para alternar ao actual poder instalado parece apostado em desbaratar por um mero deslumbramento efémero e inexplicável, as poucas credencias de apresentação que ainda possui, proporcionando, sem grandes chatices a outros, corarem com o simplicíssimo “Sabão de Marselha" a roupinha de um País que no estendal vai ondulando ao sabor das "trovas do Alegre vento que passa" e outras manifestações.
Definitivamente metam-se todos numa boa saponária e aproveitem-na para um breve período de reflexão: é que a nação, sem um aguerrido confronto de consistentes "produtos de limpeza", corre o risco de se encardir inexoravelmente... tão só por simples acomodação!
Entre a postura inflexível da Ministra da Educação, face à mudança que os novos conceitos laborais (velhos no resto da Europa) exigem para o sector e a atitude congénita, de autismo, que uma classe profissional tenta fazer perdurar, quase apetece dizer que os professores precisam efectivamente da Avaliação… e de muito mais!
Prova disso aconteceu durante a gigantesca Marcha Comemorativa do Dia da Mulher, no passado dia 8, Sábado, em Lisboa, onde milhares de professoras presentes não conseguiram explicar (á comunicação social) o porquê do seu descontentamento com o malfadado sistema avaliativo. Todas afinal querem ser avaliadas (!)… “só que não é o momento oportuno”… “a medida não está suficiente explicada”… “não há diálogo”… “devia ser aplicada mais devagarinho”… ou só, pasme-se, “quando a Maria de Lurdes for para a rua”!
A Marcha da Mulher, inadvertidamente, confirmou o que se suspeitava: o ensino em Portugal está muito pior do que aquilo que se poderia imaginar.
Ironias à parte: se tivessem tanta capacidade para ensinar como tem para se empenhar em manifestações, por certo não teriam receio das avaliações que, sendo um processo que embora necessite aqui e ali de pontuais correcções, não justifica nem de perto nem de longe o incómodo ecológico, auditivo e rodoviário que criaram à Nação.
- Mas pronto… foi um Dia da Mulher diferente, porreiro mesmo, pá!
Face à indecisão que muitos milhares de Portugueses vão ter no momento de votar nas Legislativas do próximo ano, Luís Filipe Meneses antecipou-se e jogou uma cartada de peso a favor da "sua" tribo política.
Entre a indiferença pelos mesquinhos números do desemprego, as insignificativas taxas de endividamento das famílias, os marginais gráficos do insucesso escolar a violência ou o aumento do preço das carcaças, algo de muito mais sério e grave preocupa a "inteligentsia" do Partido Social Democrata: a publicidade da RTP!
Até que enfim que se assombra no até aqui desacreditado horizonte político nacional um candidato a "Governante" com efectivas vontades reformadoras, palpáveis e que vão de encontro ao tão aspirado bem-estar de toda uma nação!
Sinceramente Dr. Filipe Meneses!
Nesta altura do “campeonato” não tem mais nada para apresentar à Nação senão essa ideia descontextualizada e irrisória dos “reclamos” da televisão?
Tão descontextualizada e irrisória como alguém afirmar que quando for Governo proibirá a venda de Senhoras de Fátima nos Bazares Chineses de todo o País, por exemplo (sic)!
É tempo de V.Exª. artilhar o camelo: a travessia do deserto, a julgar pelo eco negativo do “blá-blá” que vai chegando, será longa e segue dentro de breves momentos, quiçá… após um curtíssimo espaço publicitário.