Escutas para cá, escutas para lá, todos interpretam a questão da forma como mais lhes agrada. Mas uma coisa é certa e ninguém parece querer saber:
- Se a maioria dos telefones importantes estão sob escuta… quem é que afinal de contas se dedica a este “hobby” especializado, “voyeurista”, doentio e dispendioso de saber o que vai no “sótão dos macaquinhos” dos seus usuários?
Pelos ecos das mais variadas áreas da sociedade, parece estar-se perante uma “tara colectiva” definida por um complexo de inferioridade, de perseguição ou desconfiança. Assim, a partir destes sintomas, quase apetece dizer que a Nação importante foi atacada pela “Síndrome de Sócrates” ou, desanuviando um pouco desta histeria generalizada, dizer que tudo isto é obra dos “comunas” e dos seus tentáculos sindicais.
Sejamos racionais: ninguém deveria ser “escutado” sem um motivo forte, plausível e sustentado que justificasse a devassa selvática da sua vida privada (salvo se a esposa ou o marido tiverem motivos para desconfiar dos excelsos votos assumidos no dia de junção dos trapinhos e mesmo aí, face aos liberais tempos que sopram, só após ponderada e séria reflexão do respectivo conjugue enfeitado).
E já agora: antes de afirmar que o seu telefone tem uns barulhos esquisitos, verifique o estado dos seus intestinos. Pela sua (nossa) saúde!
Ter acontecido o Tratado em Lisboa nada teve a ver com o nosso sol, com a nossa gastronomia ou com a habitual simpatia dos Portugueses: apenas, unicamente, com a necessidade de clarificar uma situação que mais não se podia arrastar para bem das partes envolvidas. Calhou ser Lisboa!
Depois de muitas hesitações, arrufos e tentativas de reconciliação o Tratado, mais cedo ou mais tarde, era um dado adquirido, uma vitória da “diplomacia” sobre as nada abonáveis relações que vão decorrendo sobre o doloroso caminho de um abominável “litigioso”.
O que é que os Portugueses ganharam concretamente com o facto? É deveras discutível e alvo de muitas e aguerridas discussões. Certo certo, é que a “substância” em si passou-lhes completamente ao lado.
Mas pronto: Nicolas Sarcozy está oficialmente divorciado da sua mulher Cécilia Ciganer e livre para iniciar uma nova vida! Até que enfim.
No rescaldo fica por entender a extrema felicidade irradiada por Sócrates após a assinatura do dito convénio, aparentemente apenas justificável pelo excessivo calor dos holofotes no cocuruto da moleirinha e pelas palmadinhas de ocasião que gente importante lhe concedeu nos costados.
PS: Paralelamente ao divórcio os amigos mais chegados (julgo que 27) aproveitaram para pôr a conversa em dia e tratar de uns assuntos de somenos importância para o destino Europeu e insignificantes, mesmo, para o resto do mundo (sic).
Foi um fim-de-semana em cheio para os cobradores de impostos, de promessas e outros.
- O Governo, ao apresentar o Orçamento de Estado para 2008 confirma tão simplesmente que a sustentabilidade da nossa débil economia passa apenas e só pela cada vez mais elevada cobrança de impostos. É politicamente desonesto cobrar aos outros o que não queremos poupar em nós!
- A Igreja abriu um novo “balcão” de cobrança de promessas. Num País onde a pobreza alastra a todos os níveis, o investimento de 80 milhões de euros (o dobro do previsto) irá por certo encher a alma de milhares de fiéis. O estômago, esse, continuará a encher-se com uma côdea de pão atrasado e uma malga de sopa dos pobres.
- Os outros… bem: não fosse o Cobrador das Quotas deixar o País em suspenso sobre o facto de o Cobrador dos Jeitos lhe ir ou não saldar a dívida pelo apoio publicamente demonstrado e praticamente passariam ao lado das primeiras (e segundas) páginas dos jornais!
Mas enfim: entre “Percepções e Realidade” aposto que vai haver boa cobrança. O humor, na política (desde que o “Boss” pôs tento na língua a alguns Ministros), tem andado pelas ruas da amargura urgindo, pois, repor rapidamente novas “estórias” do eterno “Morto-Vivo” (sic).
Também nós, Portugueses, estamos a “sofrer” com as alterações verificadas a nível climático. Desde há uns tempos a esta parte que as Quatro Estações do ano se dividem entre a Primavera, a Cerveja, o Outono e o Inverno! O Verão, incerto como foi, trocou-se por festas, festins, festivais, arraiais, bailaricos, desgarradas e “partys” alusivas aos mais variados temas e sempre com o “alto patrocínio” de uma qualquer marca de cerveja. Elas eram loiras, morenas, ruivas e pretas, saborosas e desinibidas, que se entregaram despudoradamente a graúdos... e menores!
Reconheça-se, sem moralismos doentios de um qualquer diácono desfasado da actualidade dos tempos que efectivamente é álcool a mais consumido sem responsabilidade, moderação ou propósito. Talvez daí a indolência com que a maioria dos “teenagers” olha para a actualidade numa atitude que virá a reflectir-se, negativamente, num inevitável futuro próximo.
Mas enfim…foi um autêntico ambiente de “Boémia” que a finda Estação da Cerveja proporcionou a quem habita nesta “Abadia” lusa (sic). Entretanto e para que não haja grandes ressacas de tristeza nesta mudança de equinócios, “provavelmente a melhor cerveja do mundo” ai está em força a patrocinar a nova Taça da Liga da Federação Portuguesa de Futebol!
E andou o Instituto Ricardo Jorge e o Instituto Nacional de Estatística a gastar uma “abada” de massa aos bolsos dos contribuintes para chegar à conclusão recente que o consumo de álcool em Portugal está a aumentar em crianças até aos 15 anos de idade (sic)! Brilhantes mentes, estas.
Depois de deixar assentar a poeira da “Rentrée” política e desfeitas as malas de cartão carregadas de tudo e mais alguma coisa para aguentarem o palco “trágico-cómico” de mais um ano de encenação… fica-se com a impressão que já se viu este filme algures!
Os Sociais-Democratas continuam a apregoar que o País está mal… mas, a maioria dos Portugueses continua a dizer que não senhor!
Perante isto, Mendes poderia muito bem ter dissertado sobre as crises de identidade da Madre Teresa de Calcutá e quiçá ter ganho folgadamente as “directas” no seu Partido.
Para os Bloquistas e Comunistas o mal do mundo está nos “Melos”, “Belmiros” e “Espíritos Santos”! Sigam a mesma linha enquanto é tempo: experimentem “palrar” desbragadamente sobre o efeito de Diana de Gales nos comportamentos da baixa e média sociedade. É bonito “pá” e assim como assim… nunca se sabe.
Os Centristas, pela voz de Portas, afirmaram que “há um novo caminho”!
Será uma Auto-Estrada? Um Itinerário Principal? Um culto evangélico?
Restam os Socialistas e o seu (des)Governo: seguindo a política do “pregoeiro”, pelos vistos tão do agrado nacional, lá vão “feirando” de norte a sul do País debitando através das cornetas da moderna “pick-up” que o Zé-povinho não paga 100… não paga 50… nem paga 25: paga 500 e ainda leva de graça um “portátil” de 200!!!
Portanto, “let's look at a traila and then falate again!