A propósito do Furacão “Dean” e de todo o “circo” mediático montado à volta dos cidadãos Portugueses que se encontravam em gozo de férias na zona afectada pelo mesmo, as Caraíbas, apetece fazer uma reflexão.
Entende-se que no mês de Agosto este País seja uma autêntica pasmaceira a todos os níveis noticiosos, mas daí a termos de levar pela frente com ligações directas e constantes às casas de banho do hotel “Grand Bahia Príncipe”, na Jamaica, ou às retretes do mais pobrezito “Oásis Palm Beach” de Cancun… é dose e das fortes!
Só pode entender-se estas “entrevistas sanitárias” apenas e só pela desagregação intestinal que o “Dean” provocou a estes nossos “irmãos” medricas, deixando-os, literalmente, de calças na mão.
Os Portugueses que se permitem a estes “pequenos luxos” deviam saber que há furacões nas Caraíbas conforme os outros Portugueses sabem, aqueles que não se permitem a estes “pequenos luxos”, que a água da Figueira da Foz é gelada “pra’caraças” (embora isenta, no entanto, de inoportunas disenterias)
Há! Já agora, o “Dean” também deu para ver que continuamos a ser um Povo demasiado pudico: é que não houve telefonemas para os Hotéis “Hedonism II” e “Hedonism III”, na Jamaica. Ou então, a haver ali portugueses, por certo estariam entretidos com outro tipo de “furacões” nada propícios a conversas da treta via telemóvel (sic)!
Haja pachorra.
O incidente ocorrido na “Herdade da Lameira”, em Silves, a não ter uma reacção Judicial dura e incisiva sobre aquela “coisa” denominada “Movimento Verde Eufémia” deixa no ar a brisa de uma impunidade que a vingar é deveras preocupante.
Os bens de um cidadão sobre o qual não incide qualquer acusação de ilegalidade não podem ser desbaratados de uma forma selvática pelo simples facto de alguém não concordar com uma Lei (mesmo que esse alguém esteja sob o efeito de uma herbácea, quiçá transgénica, conhecida por cânhamo-da-india).
A forma como aqueles “verdetes” se manifestaram contribuiu apenas e só para perderam a razão sobre um assunto que deve ser discutido e sustentado em campanhas públicas de informação e sensibilização, sem máscaras, disfarces ou receios.
Por outro lado assistiu-se, por parte da Guarda Nacional Republicana, a uma passividade completa sobre um despropositado “desfile carnavalesco”, uma espécie de “Mardi Gras” ilegal onde apenas faltaram uns seios desnudados para completar o quadro perfeito de um dia “bem passado”. Mas se a GNR já assim se embeveceu com todo aquele “folclore”, imagine-se o que seria se confrontada nas suas “barbas” com umas fartas e despudoradas maçarocas “rijinhas” e boas como o milho (sic)!
Enfim… sejamos inocentes e vamos acreditar (mais uma vez) na Justiça.
Independentemente dos sentimentos que tocam o ser humano estou cansado dos sintomas depressivos bipolares que cada vez mais afectam o Casal McCann. Mas pronto: são ingleses, doutorados, bem-parecidos, logo merecedores da distinta e paciente atenção lusa.
Em caso idêntico e na presença de uma patologia bem mais superficial a mãe da pequena Joana, uma miserável “pé rapado” de um Algarve desprezível, sem direito ao “pin” Allgarve, levou uma surra de “caixão à cova” que a deixou “K.O.”... e ponto final (arquivado).
Como as duas investigações foram, e uma ainda está a ser, alimentadas por dinheiro público, seria de bom-tom que alguém esclarecesse o porquê de terem sido seguidas tão distintas e antagónicas linhas de investigação e uso de meios.
Como diz o povo, “há filhos da mãe e filhos da… outra senhora” e enquanto cidadãos nacionais, PORTUGUESES, a Joana, o Rui Pedro, o Rui Manuel ou a Cláudia Sousa parecem ter sido mais “filhos” de um País incógnito logo não merecedores daquilo a que outros (e muito bem) tem o direito.
São muitas e pertinentes as questões que se levantam à margem da seriedade mais profunda que o desaparecimento de uma criança merece: mas que devem ser levantadas porque a isso nos obrigam... lá isso devem.
Na realidade começa a entender-se o facto de muitos responsáveis políticos, empresários e outras figuras proeminentes afirmarem cada vez mais que o futuro de Portugal está no Golfe!
Porquê? Não há um dia que chegue ao fim que não traga, nas variadas áreas da sociedade, novos e apetecíveis buracos: desfalques, fugas ao fisco, tráfico de influências, gestão danosa, medidas de gestão autoritária e desatinada, derrapagens em obras públicas, enfim, “flagstick’s” sobre “flagstick’s” de cores berrantes e incontornáveis (sic)!
Neste abundante “viveiro” de “green’s” abençoado pelo sol, sem ameaças das “Al-Qaedas” e outras colectividades do género, boa comida, bebida e mercado de “massagens” (em apartamento privado, de luxo e a falar “speak- english”) em franco desenvolvimento, a que mais se pode aspirar se não a um megalómano “driving range”?
Vendo bem as coisas temos, efectivamente, buracos para dar e vender não faltando também “clientes” para usufruir de umas “desopilantes” e “relaxantes” tacadas! E com tanto desemprego (mais um buraco) sempre se arranjavam umas ocupações como “caddies” ou mesmo, se houver uns “conhecimentozitos” no “meio”, como distintos “forecaddies”.
Isto sim: é que era um autêntico “hole in one” económico (sic)!