Afinal de contas o Professor “Charrua”, da DREN, não foi afastado por ter contado uma anedota sobre as habilitações académicas do primeiro-ministro mas sim por ter constatado que o primeiro-ministro e os seus acólitos se prestam ao corrosivo e irónico “anedotário” nacional.
Numa onda de solidariedade gerada em torno do dito é unânime a opinião de que é impossível ficar indiferente às visões “dromedárias” de um Mário Lino, à economia do “papel pardo” de um Manuel Pinho ou às experiências de “criobiologia” de Teixeira dos Santos e João Figueiredo (os tais que estão indecisos em manter os funcionários públicos mergulhados em “nitrogénio liquido” até 2009).
Perante o desfilar irrealista e quase diário da descoordenação verbal de tão altos dignatários da nação, Sócrates, face ao seu silêncio, continua a teimar numa imagem aparente de autoridade quando no seu íntimo reina o autoritarismo e a intimidação! V.Exª. pode ser maneta, zarolho, coxo ou corcunda, mas vai vivendo. Agora, com tantos cancros no seu Governo… isso é mortal, ou explosivo (como diria o mais recente “opinador” nacional sobre terrorismo, Almeida Santos).
Perder a faculdade e o bom senso de reconhecer e reparar as “anedotas” que se protagonizam, é meio caminho andado para assumir a figura ridícula que se transmite.
Chamar ingénuo a um Governo que empenhadamente lança medidas de desburocratização com a mesma facilidade com que os velhos do jardim lançam milho aos pombos, não será exagero, má vontade, ou mero exercício académico de crítica.
A pompa, a circunstância da apresentação e baptismo de tais acções perante plateias de reputados e crónicos burocratas oriundos, muitos, da velha escola dos “mangas de alpaca”, transforma-se em criativos momentos de discussão, onde, perante a satisfação dos políticos em terem anulado uma correia de transmissão inútil, se estuda uma outra localização para introduzir um novo grão de areia na tão necessária e “oleada” engrenagem. Sem burocracia, o País, Portugal, não sobrevive!
O padrinho que conhece um amigo que intercede junto de um outro familiar, pessoa influente no circulo de amizades que frequentam a casa da madrinha cujo marido, pessoa apresentável que faz despachos diurnos em distinta suite de reputado hotel com a secretária do chefe de divisão, poderá vir a interceder junto do sobrinho para, caso seja necessário, o que raramente acontece (sic), solicitar a intervenção do Senhor Director Geral no sentido de desbloquear a situação.
Por mero acaso, só mero acaso, todos os intervenientes são oriundos da distinta e mui antiga família dos “Jeitos da Cunha”, fulanos que não gostam mesmo nada de ver os seus “costilos” chincados!
Fazer tantas e tantas “coisas” na hora, no minuto, no segundo, é desprestigiar uma instituição que esteve na génese de tão ilustre nação.
E isso, não é bom para o País! Apenas complica.
Sessenta e quatro virgula dois por cento dos eleitores da pérola do atlântico renderam-se mais uma vez a um “produto” que embora não isento de toxicidade mantém a Madeira livre do “caruncho”:
- É assim… o “Verniz Jardim”.
O apregoado “déficit democrático” que tanta tinta tem feito correr deixou definitivamente de fazer sentido. O facto de o Secretário-Geral do Partido Socialista e os seus “acólitos” terem abandonado à sua sorte meia dúzia de “infelizes socialistas” que há muito andam naufragados no Atlântico retirou-lhes a autoridade para criticar, provocar ou incendiar a “barca” do Comandante Alberto João. Refugiarem-se em indisponibilidades de agenda foi um acto cobarde, logo indigno daqueles que dizem querer marcar a diferença.
Quer se goste quer não goste os ventos continuam de feição para as velas de tão hábil timoneiro e a tão apregoada vitória do medo, resumiu-se, afinal de contas, ao medo da derrota bem patente nos tais “gajos” lá de Lisboa! É que, pela nona vez, entre a fumaça de um puro “Cubano” e os aromas do “Abafado”, o homem “tá-se cagando” para os insectos coleópteros que vão corroendo o Continente (sic)!
Numa equipa de futebol é o “Mister que dá a cara nos bons e maus momentos do conjunto justificando a inspiração ou o descalabro de noventa minutos de trabalho. Há falta de resultados é protagonista, também, da inevitável “chicotada psicológica”.
(Este intróito, apenas, porque somos um Povo que gosta de “bola”.)
Numa equipa de Funcionários Públicos o topo da hierarquia é quase sempre ocupado por um “saurofídeo”, figura camaleónica “desmotivadora” de homens e mulheres que, sem rumo, vão perdendo a noção do tempo e do lugar. É este “sáurio” que nos bons e maus momentos do dia dá a cara justificando para si a inspiração ou atirando sobre os outros a razão do descalabro do inexistente rendimento. Como muda frequentemente de cor, sabe impor a “psicologia do chicote”.
Na perseguição desavergonhada do actual Governo ao “mexilhão” da Função Pública, parece esquecer-se que a necessária Reforma do Estado se deveria iniciar pelo topo: cortar uns ramos aqui, umas pernadas ali, deixando a doença entranhada no tronco, é exibir um miserabilismo intelectual próprio daqueles que expõem um topo de gama à porta da garagem sabendo à partida não terem mãos para gerir o poder que se esconde sob o “capot” (sic).
Os tais “mexilhões” são pessoas que estão a ser expostas ao ridículo pelo ridículo de não haver uma cultura de gestão da “coisa” pública.
Até quando, é a grande dúvida da “coisa” e das pessoas, porque infelizmente ainda há “treinadores de bancada” na política.