De norte a sul do País alunos do básico e secundário saíram à rua para lutar contra as aulas de substituição, a falta da famigerada educação sexual, de condições materiais e humanas e contra a "arrogância e desprezo do Governo pelos alunos".
Numa ignorância confrangedora lá iam tentando responder às perguntas dos jornalistas, num português de arrepiar, pensando justificar o injustificável: “Epá, nós pracisamos de namorar”, “de ir pó café mandar umas abébias às gajas”. “Sainda ao menos tivesse-mos educação sexual… falar de quecas, pá, era baril”. “Agora um gajo tá li preso a jogar sodoku…”.
Este “pessoal” acaba por ter toda a razão do mundo: ao demonstrarem desta forma leviana, infantil e inqualificável os seus ideais, os meninos não tem nada que ser sujeitos pelo “sanguinário” Governo a esta autêntica “barbárie ditatorial” educativa.
Os seus cérebros, tão pequeninos, ainda em fase de formação, deviam era estar ocupados a visionar os episódios do “Noddy” ou a juntar umas letrinhas no livro da “Leopoldina e a Tartaruga Bebé”!
Enquanto Portugal tiver uns professores que não querem ensinar e uns alunos que não querem aprender, talvez se entenda o porquê de o desemprego estar a aumentar consideravelmente entre a maioria dos licenciados.
Ao visionarem as imagens de um camião estacionado defronte de distinta vivenda em solarenga tarde outonal a ser recheado com os mais variados bens, os espectadores menos atentos da TVI pensaram tratar-se da gravação de um qualquer teledisco da Cantora Ágata. Alguns chegaram mesmo a trautear passagens do “podes ficar com o plasma, com os sofás, alcatifas, mas…”. Mas estavam enganados!
Tratava-se de um arresto de bens de um cidadão português que se veio a saber ser bom chefe de família (logo Benfiquista) e que via assim ser cumprida uma normalíssima decisão da Justiça Luxemburguesa.
Como o Senhor Veiga também está a contas com a Justiça Portuguesa por questões de índole fiscal, não tardará a que a TVI abra novo noticiário, em horário nobre e com idênticas imagens, deixando os seus espectadores a cantarolar, agora, que “Afinal Havia Outra”.
Notícias tão “normalíssimas” não fosse o facto do dito cujo, há muito a contas com o “sistema”, ter ganho “respeitabilidade” e “aceitação social” no impoluto (?) mundo dos futebóis.
Os Reis, que afinal é o que este e outros “fulanos” se julgam… andam nus!
Como alunos bem comportados continuamos a assistir, impávidos e serenos, a dissertações repetitivas, já cansativas, de teorias económicas que de uma forma ou de outra, quais “Mãos Invisíveis”, nos acabam sempre a mexer forte e feio na carteira.
Vem este intróito a propósito de um recente “Prós e Contras” sobre a situação financeira da Nação e posteriormente do debate (ou combate) do Orçamento de Estado. Como diz o ditado, “cada cabeça sua sentença” e o facto é que, daqueles “todos contra todos”, não saiu augúrio de que os sacrifícios com que o País está a arcar venham a dar resultados benéficos num qualquer futuro próximo.
São tantos Professores, “Karamba”, tantos Professores reconhecidos há muitos e muitos anos na área económica e mesmo assim não conseguem passar ao comum do cidadão se as actuais medidas restritivas, implementadas e a implementar, vão ou não valer a pena!!!
Bem podem comparar a desenvolvida mentalidade económica da Suécia ou da Finlândia com a económica mentalidade portuguesa!
Perante tão tristes e dispendiosos espectáculos a que diariamente se assiste, é caso para se duvidar se o verdadeiro problema de Portugal é de ordem económica ou de ordem… mental.
“Não vamos aumentar os impostos.”
“Taxas Moderadoras para cirurgias e internamentos é uma medida anti-social”. Afirmaram estes “cromos” no tempo do “Menino Guerreiro”.
“A crise acabou… enquanto afirmação infantil de quem nada percebe de economia” (como parece ser o caso).
A Entidade Reguladora do Sector Energético anuncia aumentos de 17,5%. Apontam o dedo à populaça caloteira: “são eles que devem os milhões”.
“Enfim, todos temos um mau dia, daí tão infelizes palavras”.
Eu morra ceguinho se algum dia criar portagens nas SCUTS!!!
Como ceguinhos andamos todos, e a morte é certinha como o destino, assim por assim… criem-se as portagens (terá dito o artista mor da companhia).
Com todo este “entendimento”, o Embaixador Português em Berna, numa acção de promoção dos Vinhos Portugueses e perante inúmeros empresários estrangeiros, serviu Moet & Chandon na recepção que teve lugar na sua residência oficial!!!