Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2006
O CAFAGESTE
O meu namorado sente-se intimidado pelo meu vibrador e pediu-me para o deitar fora. O problema é que eu gosto bastante do meu vibrador!!! Cara Joaninha: num tempo de inovação e desenvolvimento, de tantos choques tecnológicos e abertura para as novas vivências às vezes já virtuais, o seu "magano" sente-se incomodado com tão "primitivo" artefacto? O seu namorado é um "cafageste" insensível por não apreciar tão íntimo gosto. Daqui até resumir a vossa sexualidade à clássica "queca" do missionário (salvo seja), vão dois dias! Pegue no dito cujo (namorado), ofereça-lhe o vibrador, calce-lhe uns patins, e deseje-lhe, veementemente, muitas e boas contribuições inusitadas na sua (dele) cavidade rectal. Para bom entendedor!
Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2006
GALHETEIROS E AZEITEIROS
Os restaurantes portugueses são obrigados a servir o azeite em embalagens invioláveis e não nos habituais frascos pequenos de vidro, porcelana ou metal, com gargalo, chamados galhetas. O Galheteiro é o utensílio de mesa que contém as galhetas, havendo, também, quem apelide de Galheta o Sacristão lá da Paróquia, vá-se lá saber porquê!
Os ecologistas continuam a manifestar-se contra o facto afirmando que o mesmo "constitui um claro incentivo ao desperdício e vai contra uma politica ambiental de redução de resíduos". Assim sendo, estes residuais desperdícios defensores do ambiente, acham por bem que o consumidor continue a comer gato por lebre utilizando azeite que, do óleo de azeitona, às vezes apenas tem o nome.
Á falta de vermes anelídeos, insectos dípteros e batráquios anuros para defender, descarregam os azeites (o mau humor e a irritação), naquilo que tem mais á mão: os galheteiros!
Desta vez, desculpem lá, não tem razão.
Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2006
INOVAR
O Governo quer apoiar as pequenas empresas e comércios, até cem mil euros, com ajudas financeiras. «Muitos projectos têm dificuldade em arrancar. São de muito pequena dimensão e têm dificuldade em encontrar financiamento para poder singrar» dizem.
Se for para os ensinar a usar as capacidades da tal cana de pesca na captura de conhecimentos de marketing, informatização e gestão e por ai a fora
tudo bem. Se servirem, como é habitual, o peixinho já pronto a consumir sob a forma de subsídios, não se admirem se para o ano a Padaria do fuinha Zé Farrusco os prendar com um poster A3 do Eusébio, o sovina do Quim dos Escapes distribuir colecções de calendários com poses ousadas da Samantha Fox ou a avarenta da D.Milinha da Mercearia nos colocar as compras nuns saquinhos com a imagem da Irmã Lúcia.
Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2006
EQUADOR
O Ronaldo e a mana Kátia (!) abriram uma lojinha de trapos em plena cidade do Funchal. O futebolista chegou à capital madeirense às 21h00 do mesmo dia, num voo privado que saiu de Manchester, acabando por se atrasar para o acto inaugural que estava previsto para as 18h00. O atraso obrigou todos os convidados e Imprensa a esperarem na rua, já que ninguém podia entrar na loja antes dele!!! Num patamar noticioso bem mais inferior, quase de roda pé, diminuto, lia-se que Miguel Sousa Tavares recebeu o prémio literário «Grinzane Cavour 2006», um dos mais importantes em Itália, com o livro «Equador». Para darem à estampa esta noticiazeca deste gajo dos livros, fiquei sem saber se a Merche dormiu ou não com o menino, alvitrava a D.Dores, esposa do Senhor Doutor, na Mercearia lá do bairro. E anda o "nosso" Primeiro no "blá-blá-blá" da qualificação dos cidadãos!
Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2006
MÁ LINGUA
Portugal vai investir 32 milhões de euros na Agência Espacial Europeia. O Ministro Mariano Gago espera um retorno desta verba em encomendas á indústria nacional!!! Mas que indústria nacional? Satélites Ariane equipados com tapetes de Arraiolos. Medições de temperatura baseadas na mudança de cor de senhoras de fátima. Antenas em formas fálicas, das Caldas. Galos de Barcelos que dêem a alvorada aos painéis solares. Há, e já agora o símbolo da Sagres, a nossa cerveja de sempre, na chaparia exterior da nave. A investirem os 32 milhões de euros, seria num programa para pôr os portugueses com os pés bem assentes na terra. O retorno, por certo, seria bem maior. Mas pronto. O Sonho comanda os políticos, e enquanto eles sonham, os outros recuam e soluçam.