A aparecer uma nova força política em Portugal, essa força deveria ser o "Partido Sebastianista" (à imagem do movimento surgido na segunda metade do séc. XVI - adaptado, claro está, à realidade do momento)! Primeiro porque as actuais "confrarias" estão velhas e gastas e não se vislumbra no horizonte de qualquer uma delas um rasgo de renovação e mudança, o que faz cair por terra a esperança de um possível contágio positivo sobre toda uma sociedade moribunda que deixou de acreditar no que quer que seja. E deixando de acreditar, perante a "banha da cobra" que lhe é apresentada, resta-lhe a ficção... e sendo assim nada melhor do que ter fé que o seu messias redentor lhe irá aparecer saído de uma cerrada manhã de nevoeiro, num amanhã que nunca chegará! E segundo porque neste preciso momento e já que a ressurreição do homem de Santa Comba Dão não faz o pleno na tão necessária unanimidade, resta-lhes D.Sebastião de Avis, O Desejado, talvez o morto mais ilustre para, enquanto figura de referência, levar o desengonçado e apodrecido “bote” a um qualquer porto de mui prósperas e airosas águas! Ironia à parte é preocupante ter-se chegado ao ponto de ver os portugueses fazerem "zappings" constantes com o intuito único de "fugirem" aos desmotivantes, incongruentes, cansativos, repetitivos e inócuos "blá-blás" dos homens da luta na sua versão mais soft, isto é, ao melhor estilo Boss ou Armani (sic)! Mas pronto: prosápia à parte e voltando à ironia (ou não?) talvez com um pouco de sorte o sapateiro de Trancoso acerte mais uma vez nas suas profecias e quando Portugal menos esperar seja confrontado com "O Desejado" salvador. A ver vamos... a bem de uns, de outros e de todos, afinal!