O Primeiro-Ministro de Portugal, desta vez, mascarou-se de Madre Teresa de Calcutá (na sua habitual mensagem Natalícia) e provou (se é que ainda tem alguma coisa a provar) que para ele e para o seu (des)Governo "carnaval" é sempre que um homem e um Governo quiserem! E mascarou-se despudoradamente de "Santa das Sarjetas" para vir dizer ao castigado "zé-povinho", por obrigação da quadra cínica e hipócrita que mais uma vez se viveu, que “Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário, é nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses.”... e daí, talvez, o surgimento do seu puro e inocente gesto de superior "caridadezinha" que veio permitir aos cada vez mais pobres, pobrezinhos, pobretanas e oportunistas de ocasião, entreterem a malvada com os sobejos da "restauração", aos usufrutuários do salário mínimo nacional de se deslumbrarem (arriscando a cegarem, mesmo!) com um aumento de 33 cêntimos diários (trinta e três cêntimos diários) e aos desafortunados do mercado de trabalho um futuro "cor-de-rosa" face ao convite a todos endereçado de virem a ingressar no fantasioso "mundo" das "Novas Oportunidades"! Enfim: foram mais uns minutos de inócuo fluxo palavroso, cheios de eloquência abundante e estéril (como vem sendo hábito), sintomáticos de gente cansada, exaurida, que nada mais tem a dar a Portugal. Pena é que quando chegados a este ponto de completa descredibilização perante tudo e todos, estas superiores "almas", por uma vez que seja, não olhem nos olhos dos seus governados e lhes digam, simplesmente, que dois mais dois não são vinte e dois... mas sim quatro! É que já em 2009 foi este mesmo governante que terminou a sua mensagem natalícia dizendo que 2010 seria o ano da recuperação e afinal... viu-se!