Ao invés das dezenas de respeitáveis "comentadores" passarem tempos infinitos a mandarem inconsequentes "bitaites" para o ar sobre a origem da crise, a actualidade da crise e o futuro da crise e do "zé-povinho", por arrastamento, os digerir no remanso do lar e os dissecar até ao tutano ao longo de uma jornada laboral transformada em "forno crematório" de espaços temporais que deveriam ser de produtividade, melhor seria que "paineleiros" e cidadãos, numa atitude sublime de cidadania, optassem por “sensibilizar” aqueles que, por "esquecimento”, não cumprem as suas obrigações para com a "máquina" fiscal, sobrecarregando todos os outros com tamanha irresponsabilidade. Fosse assim e o famigerado deficit não causaria tanta vertigem nem a carga de "dízimos" atingiria os valores "pornográficos" que constantemente vai superando e que catapultam o País para os lugares cimeiros do pelotão contributivo europeu. Todos ficariam a ganhar... e com mais disponibilidade de tempo para outras "alicerçantes" discussões - o analfabetismo da educação, a injustiça da justiça ou a doença da saúde! Mas não! A economia-paralela está bem e recomenda-se e não se vislumbra nela e no monstruoso "chico-espertismo" que a sustenta o mais ténue sinal de crise que possa ser encarado como ameaça. Assim, e sem se atacar de raiz o principal problema de Portugal, que mais não é, afinal, que a consciência dos seus cidadãos, ou melhor, a não consciência de muitos dos seus cidadãos, tudo o que se faça mais não é que protelar para as calendas gregas uma solução que tire o país do marasmo asfixiante para onde toda a sociedade, quase sem excepção, a pouco e pouco o foram atirando. Enfim: enquanto o "desenrasca" for o pão-nosso de cada dia, cada vez mais perto estará o dia em que a nação ficará mesmo sem pão (em 2008 a economia não declarada ao fisco rondava os 22,8% do PIB - 30 mil milhões de euros)! É obra... quando a Direcção-geral dos Impostos é a sexta maior entidade empregadora do País com 11.153 funcionários!