Pinto Monteiro afirmou recentemente que a Justiça portuguesa "não está bem", mas contrapôs que não se descobre no velho continente sistema tão bom. "Se corrermos a Europa, não encontramos Justiça melhor do que a portuguesa. O que se passa é que os portugueses têm mais dificuldade em encarar os seus próprios problemas... não se encontrando povo que lide pior com ele próprio. É uma espécie de fado, de autodestruição... que se estende a outras áreas como a Saúde e a Educação"! Caso este arrazoado não tivesse sido produzido logo pela manhã, o mesmo até poderia ter um outro "grau" de interpretação, tendo em conta o espírito beirão do Senhor Procurador, mas não foi esse o caso, para infelicidade do mesmo (sic)! Assim, olhando para este devaneio com uma exacerbada dose de ironia, conclui-se que afinal, na área da saúde, por exemplo, é a "autodestruição" dos portugueses que os leva a não cumprir os tratamentos que lhe são prescritos e a optarem pela troca propositada de medicamentos e outros grosseiros desrespeitos clínicos. Com tal conduta conseguem que o seu simples furúnculo, tratável em meia-dúzia de dias, faça um figurão mui idêntico ao do interminável coelhinho movido a energia "alcalina"... isto apesar da infinidade de doutores Gregory House que por aí pululam (sic)! E é claro que derivando deste exemplo (o da Saúde) para todo os outros sectores da sociedade, seja a Educação, a Agricultura ou a lenta (in)Justiça, facilmente se chega à conclusão que o problema da Nação é o uso e o abuso (por tudo e por nada) de uma miríade de actos masoquistas e auto-destrutivos (sic)! Pinto Monteiro disse ainda (não se sabe se a referir-se ao País, aos políticos ou aos portugueses) que por estas bandas "Nada presta, está tudo mal... tirando o futebol."(o futebol?). Enfim: apesar de muito cansado, há que reconhecer que o indescritível “menino de oiro” ainda vai sendo o único optimista (embora visionário) a tentar puxar pela carroça do pessimismo em que se tornou Portugal!